São Paulo, sábado, 30 de novembro de 2002

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Denatran critica Prefeitura de SP por retirar radar móvel das ruas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretora do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Rosa Cunha, condenou a opção da Prefeitura de São Paulo de retirar de operação os radares móveis de trânsito da cidade, anunciada no início da semana. A retirada dos radares é uma opção "perigosa", segundo Cunha.
Ao municipalizar o trânsito, a prefeitura tem a responsabilidade legal de cuidar do setor. A Folha apurou que, por isso, a retirada dos radares pode ser interpretada como improbidade administrativa pela Justiça, segundo a avaliação feita pelo Denatran.
O diretor do Departamento de Sistema Viário, Daniel Cândido, disse que os 20 equipamentos fotográficos móveis que registravam as infrações em São Paulo foram retirados das ruas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) devido ao vencimento do contrato com a prestadora do serviço. Cândido, porém, disse que os contratos deverão ser renovados. Os 40 radares fixos, segundo ele, continuarão ligados.
As multas por radar representam 38% do total emitido na cidade de São Paulo.
"Os radares não servem apenas para multar, mas para estabelecer políticas públicas, organizar o trânsito e até mesmo evitar acidentes", afirmou Cunha.
O Denatran, segundo apurou a Folha, teme que a decisão de desligar os radares tenha a intenção de fazer coro à pressão das empresas de multas.
A resolução 141 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) impede que a remuneração das empresas seja baseado na produtividade -número de multas.
Para o presidente do Cetran-SP (Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo), Oduvaldo Mônaco, as decisões do Denatran e do Contran estão provocando "uma grande confusão".


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