|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Denatran critica Prefeitura de SP por retirar radar móvel das ruas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretora do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito),
Rosa Cunha, condenou a opção
da Prefeitura de São Paulo de retirar de operação os radares móveis
de trânsito da cidade, anunciada
no início da semana. A retirada
dos radares é uma opção "perigosa", segundo Cunha.
Ao municipalizar o trânsito, a
prefeitura tem a responsabilidade
legal de cuidar do setor. A Folha
apurou que, por isso, a retirada
dos radares pode ser interpretada
como improbidade administrativa pela Justiça, segundo a avaliação feita pelo Denatran.
O diretor do Departamento de
Sistema Viário, Daniel Cândido,
disse que os 20 equipamentos fotográficos móveis que registravam as infrações em São Paulo foram retirados das ruas pela CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) devido ao vencimento
do contrato com a prestadora do
serviço. Cândido, porém, disse
que os contratos deverão ser renovados. Os 40 radares fixos, segundo ele, continuarão ligados.
As multas por radar representam 38% do total emitido na cidade de São Paulo.
"Os radares não servem apenas
para multar, mas para estabelecer
políticas públicas, organizar o
trânsito e até mesmo evitar acidentes", afirmou Cunha.
O Denatran, segundo apurou a
Folha, teme que a decisão de desligar os radares tenha a intenção
de fazer coro à pressão das empresas de multas.
A resolução 141 do Contran
(Conselho Nacional de Trânsito)
impede que a remuneração das
empresas seja baseado na produtividade -número de multas.
Para o presidente do Cetran-SP
(Conselho Estadual de Trânsito
de São Paulo), Oduvaldo Mônaco,
as decisões do Denatran e do
Contran estão provocando "uma
grande confusão".
Texto Anterior: Vetada ação que poderia anular infrações no PR Próximo Texto: Tráfico: Tiroteio em morro do Rio deixa dois mortos Índice
|