São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

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Homicídios e latrocínios apresentam queda

DA REPORTAGEM LOCAL

As estatísticas oficiais da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo revelam queda nos crimes graves contra a vida em 2006. A redução mais expressiva ocorre na taxa de homicídios dolosos. Roubo a banco e os registros de furtos comuns, no entanto, apresentaram crescimento em relação ao ano anterior.
Segundo o pesquisador Túlio Kahn, coordenador da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), da secretaria, os números de homicídios dolosos (com intenção) apresentam queda pelo 22º trimestre consecutivo.
De janeiro a dezembro do ano passado, o Estado de São Paulo registrou 6.163 casos de homicídio, 15,3% a menos do que no ano anterior.
O crime de latrocínio (roubo com a morte da vítima) apresentou redução de 10,7%. Foram 325 casos, contra 364.
Também houve queda nos casos de roubo em geral (4,4%), roubo de veículo (9,1%) e seqüestro tradicional -foram 123 casos em 2006, dez a menos do que em 2005.

Tendência
"As estatísticas confirmam uma tendência importante de queda nos crimes mais graves contra vida", afirma Kahn. Segundo o coordenador da CAP, essa tendência, verificada em vários crimes desde 2001, é resultado de um trabalho de planejamento policial aliado a iniciativas da sociedade.
Nas estatísticas de 2006, os registros de furto (sem uso de violência ou ameaça) tiveram um pequeno crescimento. Foram 549.402 casos em 2006 no Estado, 0,7% a mais do que em 2005.
O principal aumento ocorreu na capital paulista, com crescimento de 8,43%, segundo os dados da Secretaria da Segurança. Foram 165.730 boletins de ocorrência desse tipo de crime no ano passado.
"Talvez a polícia e a sociedade não tenham se mobilizado em relação ao crime de furto como se mobilizaram em relação aos homicídios", afirmou Kahn sobre os motivos dos furtos apresentarem uma tendência inversa a maioria dos crimes no Estado.

Roubo a banco
Já os registros de roubo a banco apresentaram um aumento expressivo em São Paulo. Segundo as estatísticas oficiais, ocorreram 203 assaltos a estabelecimentos bancários no ano passado. Foram 70 casos a mais do que os verificados no ano anterior.
Esse crescimento já era verificado desde o primeiro semestre de 2006. Segundo a polícia, a explicação pode estar na migração de criminosos. As quadrilhas especializadas em roubo ao banco, que migraram para arrastões em prédios de luxo, sobretudo na capital paulista, teriam voltado ao antigo crime.


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