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Homicídios e latrocínios apresentam queda
DA REPORTAGEM LOCAL
As estatísticas oficiais da Secretaria da Segurança Pública
de São Paulo revelam queda
nos crimes graves contra a vida
em 2006. A redução mais expressiva ocorre na taxa de homicídios dolosos. Roubo a banco e os registros de furtos comuns, no entanto, apresentaram crescimento em relação ao
ano anterior.
Segundo o pesquisador Túlio
Kahn, coordenador da CAP
(Coordenadoria de Análise e
Planejamento), da secretaria,
os números de homicídios dolosos (com intenção) apresentam queda pelo 22º trimestre
consecutivo.
De janeiro a dezembro do
ano passado, o Estado de São
Paulo registrou 6.163 casos de
homicídio, 15,3% a menos do
que no ano anterior.
O crime de latrocínio (roubo
com a morte da vítima) apresentou redução de 10,7%. Foram 325 casos, contra 364.
Também houve queda nos
casos de roubo em geral (4,4%),
roubo de veículo (9,1%) e seqüestro tradicional -foram
123 casos em 2006, dez a menos do que em 2005.
Tendência
"As estatísticas confirmam
uma tendência importante de
queda nos crimes mais graves
contra vida", afirma Kahn. Segundo o coordenador da CAP,
essa tendência, verificada em
vários crimes desde 2001, é resultado de um trabalho de planejamento policial aliado a iniciativas da sociedade.
Nas estatísticas de 2006, os
registros de furto (sem uso de
violência ou ameaça) tiveram
um pequeno crescimento.
Foram 549.402 casos em 2006
no Estado, 0,7% a mais do que
em 2005.
O principal aumento ocorreu
na capital paulista, com crescimento de 8,43%, segundo os
dados da Secretaria da Segurança. Foram 165.730 boletins
de ocorrência desse tipo de crime no ano passado.
"Talvez a polícia e a sociedade não tenham se mobilizado
em relação ao crime de furto
como se mobilizaram em relação aos homicídios", afirmou
Kahn sobre os motivos dos furtos apresentarem uma tendência inversa a maioria dos crimes no Estado.
Roubo a banco
Já os registros de roubo a
banco apresentaram um aumento expressivo em São Paulo. Segundo as estatísticas oficiais, ocorreram 203 assaltos a
estabelecimentos bancários no
ano passado. Foram 70 casos a
mais do que os verificados no
ano anterior.
Esse crescimento já era verificado desde o primeiro semestre de 2006. Segundo a polícia,
a explicação pode estar na migração de criminosos. As quadrilhas especializadas em roubo ao banco, que migraram para arrastões em prédios de luxo,
sobretudo na capital paulista,
teriam voltado ao antigo crime.
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