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FUNCIONALISMO
Percentuais variam de 5% a 85%; plano de carreira considera fatores como tempo de serviço e capacitação
Prefeitura vai dar reajuste diferenciado
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo definiu ontem os índices de reajuste
salarial dos servidores municipais
com data-base em maio.
A principal mudança é a adoção
do Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS) para o cálculo do
índice, o que levará cada servidor
a ter um reajuste diferenciado, de
acordo com fatores como tempo
de serviço e capacitação.
O plano não beneficiará os servidores da educação e da saúde,
que receberão reajustes de 6% e
5%, respectivamente. A estimativa é que seja oferecido um aumento médio de 31% para os funcionários de nível básico, de 22%
para os de nível médio, de 10%
para guardas municipais e de 85%
para os agentes vistores.
Na próxima terça-feira, será
realizada uma reunião do Sinp
(Sistema de Negociação Permanente) para ajustes no acordo,
mas os índices já foram aceitos
pelos sindicatos. Os projetos de lei
devem ser enviados para aprovação na Câmara Municipal na próxima semana.
A proposta inicial dos servidores era um reajuste de 21% para
todos. Em defesa desse aumento,
o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino
Municipal de São Paulo) realizou
ontem, em parceria com outros
sindicatos, um protesto em frente
à Secretaria de Gestão Pública
(centro) e chegou a cogitar uma
greve do funcionalismo.
A proposta dos servidores, porém, foi considerada "inviável"
pela secretária municipal de Gestão Pública, Mônica Valente. Segundo ela, um reajuste de 21%
custaria cerca de R$ 800 milhões
para os cofres públicos.
A proposta inicial apresentada
pela prefeitura no Sinp acrescentaria cerca de R$ 200 milhões a
mais na folha de pagamento. O
previsto, além do PCCS, era um
reajuste de apenas 3% tanto para
a educação como para a saúde.
Diante disso, o vereador Cláudio Fonseca (PC do B), presidente
do Sinpeem, considerou "uma vitória" os 6% que os educadores
receberão. Mas afirmou que, encerrada essa campanha da data-base, a entidade continuará lutando pelos 21%.
O reajuste da educação será feito em duas parcelas iguais, em junho e agosto. Os servidores da
saúde receberão 3% em junho e
2% em agosto.
Para Leandro Oliveira, presidente do Sindsep (Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais),
o problema é que o reajuste e o
plano de carreira são coisas distintas, que deveriam se complementar, mas foram colocadas pela prefeitura como excludentes.
"O cobertor é curto", justificou
a secretária de Gestão Pública.
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