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AVIAÇÃO
Assessoria informa que os dois Fokker-100 nunca haviam tido problemas; empresa tem 50 aeronaves desse modelo
TAM diz que aviões foram vistoriados
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de reconhecer as falhas
nos dois Fokker-100, a assessoria
da TAM em São Paulo informou
ontem que essas aeronaves nunca
tiveram problemas anteriores e
que passaram por revisão em julho deste ano.
Segundo a empresa, as aeronaves envolvidas são de 1993 -o
Fokker-100 que pousou em Viracopos- e de 1994. Esses aviões
são considerados relativamente
novos pelo DAC (Departamento
de Aviação Civil), que também informa que a vida útil de uma aeronave civil depende de um serviço
eficiente de manutenção.
A TAM é a única empresa de
aviação a operar com Fokker-100
no Brasil. Possui 50 aeronaves
desse tipo. É a segunda maior frota de Fokker-100 no mundo, abaixo só da American Airlines, que
possuiu 68 aeronaves.
A fabricante do Fokker-100 faliu
em 1996, mas a TAM manteve
suas aeronaves alegando que não
haveria problemas para a obtenção de peças. O motor da aeronave é fabricado pela Rolls Royce.
A TAM pretende substituir os
Fokker-100 por Airbus-320 em
uma prazo de quatro anos, de
acordo com a assessoria da empresa, mas isso não teria relação
com problemas mecânicos.
Em nota, a TAM lamentou os
dois pousos forçados. A empresa
confirmou que a aeronave na região de Araçatuba pousou por falta de combustível com um hora e
15 minutos de vôo, mas salientou
que o Fokker-100 saiu com combustível suficiente de Guarulhos.
Segundo a empresa, a aeronave
teria autonomia -tempo de vôo
sem necessidade de reabastecimento- de três horas e 23 minutos se não tivesse ocorrido a falha
no sistema.
O vazamento não teria sido sinalizado pelo identificador de
combustível. De acordo com a assessoria da empresa, a razão dessa
falha ainda será investigada.
No caso do aeroporto de Viracopos, a assessoria confirmou a
existência de um problema hidráulico que impediu o uso do
trem de pouso.
Técnicos do DAC (Departamento de Aviação Civil) começaram ontem à tarde a perícia nas
duas aeronaves. Segundo a assessoria do órgão, o motor e as duas
caixas pretas de cada avião
-uma que registra os diálogos
entre os tripulantes e os contatos
com a torre de controle e outra
que grava os procedimentos técnicos do piloto- seriam retiradas para análise.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas também destacou dois dirigentes para acompanhar essas investigações.
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