São Paulo, sábado, 31 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AVIAÇÃO

Assessoria informa que os dois Fokker-100 nunca haviam tido problemas; empresa tem 50 aeronaves desse modelo

TAM diz que aviões foram vistoriados

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de reconhecer as falhas nos dois Fokker-100, a assessoria da TAM em São Paulo informou ontem que essas aeronaves nunca tiveram problemas anteriores e que passaram por revisão em julho deste ano.
Segundo a empresa, as aeronaves envolvidas são de 1993 -o Fokker-100 que pousou em Viracopos- e de 1994. Esses aviões são considerados relativamente novos pelo DAC (Departamento de Aviação Civil), que também informa que a vida útil de uma aeronave civil depende de um serviço eficiente de manutenção.
A TAM é a única empresa de aviação a operar com Fokker-100 no Brasil. Possui 50 aeronaves desse tipo. É a segunda maior frota de Fokker-100 no mundo, abaixo só da American Airlines, que possuiu 68 aeronaves.
A fabricante do Fokker-100 faliu em 1996, mas a TAM manteve suas aeronaves alegando que não haveria problemas para a obtenção de peças. O motor da aeronave é fabricado pela Rolls Royce.
A TAM pretende substituir os Fokker-100 por Airbus-320 em uma prazo de quatro anos, de acordo com a assessoria da empresa, mas isso não teria relação com problemas mecânicos.
Em nota, a TAM lamentou os dois pousos forçados. A empresa confirmou que a aeronave na região de Araçatuba pousou por falta de combustível com um hora e 15 minutos de vôo, mas salientou que o Fokker-100 saiu com combustível suficiente de Guarulhos.
Segundo a empresa, a aeronave teria autonomia -tempo de vôo sem necessidade de reabastecimento- de três horas e 23 minutos se não tivesse ocorrido a falha no sistema.
O vazamento não teria sido sinalizado pelo identificador de combustível. De acordo com a assessoria da empresa, a razão dessa falha ainda será investigada.
No caso do aeroporto de Viracopos, a assessoria confirmou a existência de um problema hidráulico que impediu o uso do trem de pouso.
Técnicos do DAC (Departamento de Aviação Civil) começaram ontem à tarde a perícia nas duas aeronaves. Segundo a assessoria do órgão, o motor e as duas caixas pretas de cada avião -uma que registra os diálogos entre os tripulantes e os contatos com a torre de controle e outra que grava os procedimentos técnicos do piloto- seriam retiradas para análise.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas também destacou dois dirigentes para acompanhar essas investigações.


Texto Anterior: "Pensei que não escaparia", disse passageira
Próximo Texto: Setor enfrenta uma de suas piores crises
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.