|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Setor enfrenta uma de suas piores crises
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor de aviação enfrenta atualmente uma de suas piores
crises financeiras no país. O excesso de companhias aéreas, a alta
do dólar (que influencia em cerca
de 40% dos custos das empresas)
e a desaceleração econômica estão afetando diretamente os desempenhos de empresas como a
TAM, Varig e Gol.
O consultor de aviação José Carlos Martinelli disse ontem que
ainda é cedo para determinar se
os pousos forçados das aeronaves
da TAM tenham alguma relação
com falta de manutenção. Mas
lembrou que existe cada vez mais
uma política deliberada das empresas de acelerarem as checagens ou consertos dos aviões.
"Um novo executivo disposto a
fazer carreira em uma companhia
aérea pode adotar esse estilo de
trabalho de maneira mais agressiva. O que pode ser perigoso", disse Martinelli. Mas destacou que o
pessoal da TAM tem sido extremamente profissional.
Não há dúvidas, porém, que as
companhias brasileiras estão fazendo um enorme esforço para
aumentar sua produtividade. Na
prática, isso significa diminuir cada vez mais o tempo de pouso e
decolagem de uma aeronave.
A necessidade de aumentar a lucratividade fica explícita nos números das companhias. A ocupação dos assentos dos aviões da
TAM entre janeiro e julho de
2002, por exemplo, foi de 57%,
contra os 53% do mesmo período
de 2001. Os especialistas do setor
entendem que 55% é o patamar
mínimo para garantir lucro.
A ocupação da Vasp caiu de
61% para 58%. A TAM tem uma
vantagem em relação a outras
companhias, como a Varig e
Vasp. Não tem dívidas em atraso.
Já a Varig, por exemplo, possui
débitos a pagar de US$ 900 milhões e enfrenta dificuldades para
atrair investidores.
Texto Anterior: TAM diz que aviões foram vistoriados Próximo Texto: TAM soma 27% dos incidentes aéreos Índice
|