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PLANO DIRETOR
Parlamentares decidiram pedir que prefeita desconsidere carta, que provocou racha na bancada petista
7 vereadores desistem de pedir veto a Marta
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia depois de assinar uma
carta pedindo que a prefeita Marta Suplicy (PT) vete as mudanças
no zoneamento da cidade, incluídas no Plano Diretor, sete vereadores decidiram enviar um fax à
Secretaria de Governo pedindo
para que desconsiderasse suas assinaturas na carta.
O documento enviado à prefeita
foi assinado por 27 parlamentares, sendo sete do próprio PT. O
ofício provocou uma das maiores
crises na bancada petista, com 12
vereadores, na atual gestão.
Na carta, os parlamentares justificavam o pedido de veto da prefeita afirmando que "é fundamental que nenhuma dúvida paire sobre as reais intenções do poder municipal ao aprovar um Plano Diretor estratégico para o nosso município".
As emendas mudaram o zoneamento de sete regiões de São Paulo, que passaram de zonas estritamente residenciais para zonas
mistas, onde é possível instalar
comércios e construir prédios.
Ontem, porém, Roger Lin
(PPS), Toninho Campanha
(PSB), Raul Cortez (PPS), Vicente
Cândido (PT), Rubens Calvo
(PSB), Jooji Hato (PMDB) e Mário Dias (PPB) endossaram a nova
carta à prefeitura.
Anteontem, durante entrevista,
o secretário de Governo, Rui Falcão, já adiantara que três vereadores haviam se manifestado favoravelmente à retirada de seus nomes da carta. Segundo o secretário, Lin, Campanha e Cortez já estariam "arrependidos".
Ontem, mais quatro enviaram
fax ao secretário: Vicente Cândido (PT), Rubens Calvo (PSB),
Jooji Hato (PMDB) e Mário Dias
(PPB). Cândido havia dito anteontem à Folha que assinara a
carta "para respaldar um possível
veto da prefeita. Houve controvérsias na bancada sobre as mudanças, que não puderam ser analisadas em tempo hábil".
A Folha não conseguiu falar ontem com o vereador. Seu celular
estava "desligado ou fora da área
de serviço". Em seu gabinete, a explicação era que ele estava em atividade externa e que não era possível entrar em contato com ele.
Jooji Hato e Rubens Calvo deram explicações semelhantes para
o arrependimento. "Não quero
ser usado numa briga interna de
um partido que não é o meu", disse o peemedebista, referindo-se
ao racha na bancada do PT. "Não
quero ser massa de manobra para
ninguém", afirmou Calvo.
Os dois também fizeram questão de frisar que não foram procurados pelo secretário de Governo nem por Tatto nem por Mentor. Mas ontem à tarde, as assessorias de Falcão e Mentor ligaram
para as redações para informar
das desistências.
(CHICO DE GOIS)
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