DA REPORTAGEM LOCAL

A investigação do caso padre Júlio Lancelotti vai permanecer na 5ª Delegacia Seccional Leste.
O pedido para transferir os inquéritos ao Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), feito pelos delegados Marco Antônio Bernardino Santos e André Luiz Pimentel, foi negado pela cúpula da Polícia Civil.
A transferência foi solicitada após o advogado do religioso, Luiz Eduardo Greenhalgh, dizer que a delegacia tentava esconder os seus problemas de corrupção policial dando maior repercussão ao caso do padre.
O anúncio de que a apuração permanecerá na delegacia foi feito ontem, no mesmo dia em que a Secretaria de Segurança Pública colocou uma assessora de imprensa para controlar as declarações dos delegados.
Pimentel disse que, a partir de agora, as informações só serão repassadas após "ordem" da secretaria. Disse isso antes de ler à imprensa sete itens de uma nota. "Não temos novidades. Qualquer novidade vai ser repassada para vocês através de ordem da assessoria de imprensa."
A Secretaria de Segurança informou que não há controle sobre os delegados e que a assessora foi colocada para facilitar o trabalho da imprensa devido à "grande demanda". Disse também não existir a necessidade de uma "ordem" para o fornecimento de informações.


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