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OUTRO LADO
Petebista diz que vai pedir reparo de sua honra
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O futuro ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia,
após ser ouvido como testemunha no inquérito, disse, em rápido pronunciamento à imprensa, que dá o caso por encerrado e que vai buscar reparar sua honra e a de sua família.
"Trata-se de uma enorme injustiça, que eu posso debitar a
uma fantasia que a família [da
modelo] fez a partir da situação
que a referida Cristiana [Aparecida Ferreira] falava no passado ou a uma armação para
atingir profundamente a minha honra (...) e a minha família. Portanto estou encerrando
esse assunto porque meu depoimento foi categórico, assim
como o da minha mulher
[Sheila Mares Guia]."
Mares Guia reafirmou aos
promotores que foi interpelado, há cinco ou seis anos, por
Cristiana no aeroporto em Belo
Horizonte com um pedido de
audiência. O encontro foi marcado para semanas depois. Ele
disse não ter atendido o pedido
da moça, que queria emprego
na Câmara dos Deputados.
Mares Guia estava acompanhado do ex-procurador-geral
da República Aristides Junqueira e do ex-procurador-geral de Justiça de Minas Castelar
Guimarães Filho.
O promotor Francisco de Assis Santiago disse, após o depoimento, que "tudo leva a
crer" que as autoridades não tiveram envolvimento com a
morte da modelo. "Tudo leva a
crer que estiveram [com Cristiana], conheceram, receberam
em audiência, mas daí a entender que eles poderiam estar envolvidos na morte seria leviano
em afirmar", declarou.
Em nota, o vice-governador
Newton Cardoso se disse surpreso por seu nome ter aparecido nos depoimentos. Afirmou que não conheceu Cristiana e disse ter provas de que não
estava em Belo Horizonte
quando da morte da modelo.
Henrique Hargreaves, à Promotoria, afirmou que Cristiana
o abordou na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A
moça teria insistido para que
marcasse uma audiência, o que
acabou sendo feito.
Cristiana, segundo Hargreaves, pediu que o irmão, um
funcionário da Cemig (Companhia Energética de Minas
Gerais), fosse transferido para
Belo Horizonte. O secretário
afirma ter encaminhado o pedido ao presidente da estatal,
Djalma Bastos de Morais.
Aos promotores, Morais disse que recebeu a moça em seu
gabinete a pedido de alguém da
Casa Civil, que seria "provavelmente" Hargreaves. Confirmou que o interesse era a recolocação profissional.
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