Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Passageiro não precisa de tanta tutela, diz advogado DE SÃO PAULONão dá para atribuir responsabilidade às companhias aéreas por tudo o que acontece, diz o advogado Guilherme Amaral, especialista em direito aeronáutico e que advoga para companhias. Ele critica o que considera uma tutela excessiva sobre o passageiro, como a resolução da Anac que prevê internet e alimentação por atrasos. O advogado falou à Folha sobre os problemas ocorridos no aeroporto Santos Dumont anteontem. "Se tem mau tempo e o voo cancela, o que fazer? Não dá para operar." Amaral falou como advogado, não como representante das companhias. "Criou-se uma cultura de que tudo é culpa da companhia aérea. Se continuar assim, o aeroporto será um ambiente hostil, porque o passageiro vai achar que é obrigação da companhia transportá-lo em qualquer circunstância, mesmo em caso de chuva torrencial." Ele critica a estrutura dos aeroportos. "O Santos Dumont fecha, tem como dar conta de alimentar todo mundo ali? Não. A culpa é da companhia ou da estrutura?" DIREITO DE ESCOLHA O ideal, segundo ele, é deixar o consumidor escolher o melhor serviço, e não "engessar" o setor com regras. "Se um passageiro está na rodoviária do Tietê, a marginal alaga e o ônibus não tem como sair, a empresa de ônibus não é obrigada a dar comida, telefone etc", diz. O aeroporto, diz, não é "o lugar mais perfeito do mundo; ele é parte desse mundo: tem filas, problemas." A proteção ao passageiro, afirma, encarece o preço da passagem, pois o custo é repassado ao consumidor. A Anac diz que prestar assistência ao passageiro é inerente ao contrato de transporte, está previsto em lei e é reconhecido pelo Judiciário. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |