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Folha Verão

Hostels são repaginados no Rio, de olho na Copa

Cidade vai ganhar dez novos projetos até 2013

IGOR OLSZOWSKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Os olhos do mundo estão voltados para a capital carioca. A Copa do Mundo, o Rio+20 e os Jogos Olímpicos impulsionam a abertura de hostels com perfis diversificados. Projetos audaciosos de design, serviço de qualidade e proximidade de favelas são algumas características desses empreendimentos.

O Rio de Janeiro é a cidade do Brasil com maior número de albergues, cerca de 65.

E, mesmo comparada a outras capitais do mundo, a posição carioca é boa: Londres, cerca de 90; Berlim, 80; Barcelona, 60; Roma, 45; Paris, 20, de acordo com o site Hostelworld.com.

Mas a cidade ainda tem fôlego para mais leitos nesse segmento. Pelo menos dez novos empreendimentos deverão ser abertos até o ano que vem, segundo o subsecretário estadual de Turismo, Aldir Santana, 51.

Para Guilherme Lobos, 24, do Books Hostel, localizado no centro, o mercado ainda tem um déficit. Ele abriu o albergue há pouco mais de um ano e já sente uma carência no setor.

"Quando temos um overbooking, a gente passa um sufoco para achar alguma cama disponível durante o final de semana para o nosso hóspede", comenta.

De olho nesse filão, o empresário Fábio Battistella, 34, e outros três sócios inauguram neste mês o ".oZtel", no bairro do Humaitá. Eles investem num projeto que une design, gastronomia e eventos culturais.

EXPERIÊNCIA

Os novos empresários trazem na bagagem a experiência do exterior para aprimorar a qualidade do serviço carioca. Breno Novaes, 32, do Z.BRA Hostel, crê que os serviços são muito amadores. "Desde o táxi até a água de coco, o turista ainda pode sofrer um abuso por parte do comércio local. Em alguns casos, parece que ainda estamos nos anos 70. Nós trabalhamos com táxis cadastrados e fornecemos todas as dicas aos nossos hóspedes."

Alguns albergues encurtam o laço entre o turista e a favela carioca. Segundo Luís Selva, 36, do Vidigalbergue, próximo ao Vidigal, os hóspedes entram em contato com a realidade do povo brasileiro. "Na comunidade, as pessoas são muito carismáticas e prestativas. Todo mundo fala bom dia e boa tarde e o europeu adora isso. Anda tranquilo pela favela e ainda curte o baile funk", diz.

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