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Cidades do interior do Estado já possuem 'minicracolândias'

Ribeirão Preto e Bauru são áreas com alto consumo da droga

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A luz do cachimbo de crack rompe a escuridão no galpão abandonado, ocupado dia e noite por usuários da droga. Ao notar a presença da Folha, o rapaz se assusta e pergunta se é da polícia.

A cena ocorreu em uma "minicracolândia" a 313 km de São Paulo: os galpões da Ceagesp, na avenida Bandeirantes, em Ribeirão Preto.

Há consumo alto da droga em cidades como Bauru, Taubaté, Guaratinguetá e Ilha Solteira, segundo relato das prefeituras à CNM (Confederação Nacional dos Municípios). "[As minicracolândias] Existem até em cidades menores, é uma tendência se agruparem", diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Na maioria das cidades, o consumo é pulverizado, mas em algumas há locais coletivos de consumo em praças ou próximo a cemitérios. Na Ceagesp de Ribeirão, vizinhos relatam que é possível achar grupos de até 50 pessoas.

Além de Ribeirão, as cidades de Campinas, Jundiaí, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba tiveram verba do Ministério da Saúde para criar consultórios de rua do crack.

Em Araraquara, há pontos de consumo na praça Pedro de Toledo, no centro, próximo ao estádio municipal e perto do cemitério, segundo o secretário municipal de Segurança Pública, Eli Schiavi.

"O crack está efetivamente esparramado no país todo. Por menor que seja, não tem cidade sem a droga", afirma.

Presidente do Conselho Municipal Antidrogas, Márcio Willian Servino diz que houve ações para dispersar os dependentes dos pontos coletivos de consumo. "Mas o usuário migra facilmente."

O problema atinge até cidades como Dumont, de apenas 8.143 habitantes. O consumo é esparso, mas pode ser visto na "Baixa", uma pequena favela, disse o delegado George Theodoro Ary.

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