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'Não cometemos crime algum', diz líder da greve, hoje no PSDB

DE SALVADOR
DO ENVIADO A SALVADOR

Sitiado na Assembleia, o líder da greve da PM baiana, Marco Prisco, rebateu ontem as declarações que o governador Jaques Wagner fez sobre grevistas. O petista os acusou de ter cometido alguns dos assassinatos registrados nos últimos dias.

"O governador Jaques Wagner está sendo leviano. Se ele tem provas, deveria apresentar. Eu tenho a consciência tranquila de que jamais cometi um crime", disse Prisco à Folha por celular.

Nos últimos dias, a reportagem esteve na Assembleia para registrar o cotidiano do líder do movimento. Prisco usa colete à prova de balas desde que sua prisão foi decretada, na sexta. É cercado por guardas dia e noite e, por medida de segurança, troca periodicamente de sala.

Desde a deflagração da greve, no dia 31 de janeiro, o presidente da pequena Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (que tem filiados apenas 7% do efetivo da corporação) estabeleceu uma autoridade inconteste em grande parte da PM baiana.

Ele surgiu politicamente na greve dos bombeiros de 2001. Já fez política no PC do B, no PSOL, no PTC e, numa guinada partidária, passou a vestir a camisa do PSDB em outubro do ano passado.

Ontem, cercado pelos militares num prédio sem luz nem água, ele reduziu o nível das aspirações salariais -de 40% para 19%- para tentar uma saída negociada.

O governo ainda não se manifestou e oficialmente acena apenas com a reposição da inflação de 6,5%.

Informado em tempo real do que acontece fora da Casa, o líder intervém rápido quando surgem problemas.

Ao saber de confrontos com forças de segurança, ordenou que os grevistas se distanciassem da tropa. A multidão recuou cinco metros.

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