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Governo da Bahia associa PMs a ataque de ônibus escolar DE SÃO PAULODO RIO O governo da Bahia divulgou ontem áudios de conversas telefônicas mantidas entre líderes do movimento grevista da Polícia Militar. As gravações foram autorizadas pela Justiça, afirma a Secretaria de Segurança Pública. Em um áudio, o líder grevista e ex-PM Marco Prisco ordena uma "missão lá na feijoada" após o sargento Francisco Xavier Ataide Fonseca pedir que ele dirija uma "mensagem à tropa". O governo afirmou que o termo "feijoada" é um código para ocultar uma ação criminosa e que, logo depois dessa conversa -registrada às 7h57 de segunda-, um ônibus foi incendiado na região metropolitana. Um escrivão do 8º Distrito Policial, onde o ataque foi registrado, informou à reportagem que ele ocorreu às 7h15. Ou seja, 42 minutos antes do telefonema. Em outro áudio, Prisco conversa com o cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes da greve de bombeiros do Rio, ocorrida no ano passado. Nesse diálogo, gravado no sábado, Prisco articula com o bombeiro para que os militares do Rio também entrem em greve. Depois de Daciolo pedir para "segurar", Prisco afirma que já tinha anunciado a greve no Rio à imprensa. Questionada, a Segurança Pública não divulgou o nome do juiz que autorizou a quebra de sigilo telefônico. Ataide disse à Folha que a gravação foi editada e que Prisco falava com outra pessoa no momento em que ordena a "missão na feijoada". Ele diz que não sabe ao que ele se referia e nega qualquer participação no ataque. Além dessas gravações, o governo do Rio diz que há outras em que os deputados federal Anthony Garotinho (PR-RJ) e estadual Janira Rocha (PSOL-RJ) aparecem conversando com os grevistas. Garotinho diz que conversou com Daciolo, mas negou ter estimulado a paralisação. "Disse a ele que não era o momento de greve. Falei: 'Os bombeiros têm apoio da população. Se der uma confusão vocês perdem o respeito que tem'", afirmou o deputado. Já Janira, que também conversou com Daciolo, disse que o objetivo era garantir a anistia aos militares grevistas na Bahia. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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