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Bombeiros e PMs do Rio encerram paralisação

Movimento grevista iniciado na quinta passada teve baixa adesão

Categoria tenta agora negociar a libertação dos líderes da greve presos logo no início da mobilização no Estado

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Domingo, sob sol forte, soldados do Exército fazem patrulhamento em praia de Salvador
Domingo, sob sol forte, soldados do Exército fazem patrulhamento em praia de Salvador

DO RIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CASCAVEL

Após a baixa adesão ao movimento, líderes dos PMs e bombeiros do Rio de Janeiro decidiram suspender a greve iniciada na quinta passada.

Em assembleia no centro, as categorias anunciaram "trégua" para o Carnaval, mas disseram que voltarão a discutir a possibilidade de paralisação após a festa.

O presidente do Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro), Fernando Bandeira, reconheceu que a prisão de líderes grevistas enfraqueceu o movimento. Parte da Polícia Civil já tinha anunciado a suspensão da greve na noite de sábado.

A reunião de ontem discutiu basicamente como negociar a libertação dos manifestantes presos: nove PMs e 11 bombeiros detidos em Bangu 1; outros sete PMs em um quartel da corporação e 162 bombeiros em detenção administrativa.

A Defensoria Pública do Rio decidiu atuar na defesa dos PMs e bombeiros presos.

O Tribunal de Justiça do Rio disse que alguns pedidos já foram encaminhados para parecer do Ministério Público.

"Ainda não conseguimos falar com eles. Estão incomunicáveis. São presos políticos", disse à Folha a estudante Ana Paula Matias, 29, mulher do sargento do Corpo de Bombeiros, Alexandre Gomes Matias, 32, preso em Bangu 1.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL), da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia do Rio, disse que a prisão dos militares em Bangu 1 é "inaceitável" e "arbitrária".

A ida dos presos para o presídio é defendida pelo governo Sérgio Cabral (PMDB) como forma de isolar os líderes do movimento e "sufocar" a greve. As prisões foram feitas já nos primeiros dias.

O Estado diz fundamentar sua decisão com a Constituição Federal, que não permite que militares façam greve, e o Código Penal Militar (CPM), que aponta como crime o "incitamento à greve".

O Superior Tribunal Militar, porém, entende que os militares só devem ficar em presídios comuns ao perder a condição de militar.

PARANÁ

Enquanto as greves da Bahia e do Rio terminaram, PMs e bombeiros paranaenses iniciram uma série de protestos. Ontem, eles fizeram atos em sete cidades para cobrar aumento do governo Beto Richa (PSDB).

Os protestos foram pacíficos e reuniram policiais de folga e seus familiares. Por enquanto, não há perspectiva de greve no Estado.

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