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No sofá - Tony Goes

Quem passou a noite em claro para assistir o início da folia pela TV não se arrependeu

ANTIGAMENTE, quando ainda se transmitiam bailes de salão, era comum o povo se animar apenas quando eram ligadas as câmeras. Hoje acontece o inverso em Salvador: os trios param em frente aos camarotes das emissoras e interrompem a música. Aí os artistas engatam papo com os apresentadores e depois cantam para quem está em casa.

Enquanto isso, lá no chão, a galera para de pular e aproveita para ir ao banheiro.

No SBT, Celso Portiolli parecia um marciano naufragado no circuito Barra-Ondina. Não sabia o que era nada, de abadá a periguete. Na Band, Adriane Galisteu se mostrava mais à vontade.

Só não chegou a "deitar na BR", como fez Ivete na noite anterior. Mas essa comparação é sacanagem: afinal, Ivete é a pessoa mais à vontade do mundo. Ela poderia ter emprestado um pouco desse relax para Roberto Justus, ou até vendido.

O apresentador e publicitário era o tema mal disfarçado da Rosas de Ouro, que transformou a Hungria de seus antepassados num cabotino "Reino dos Justus". Justus entrou no sambódromo mais duro que seu penteado. Uma traição ao espírito anárquico do Carnaval. Mas um momento impagável de TV: valeu a pena ficar acordado para ver.

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