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Polícia desmonta 'linha de produção' de crack em SP

Bando tinha oito pontos de drogas no Estado; três suspeitos foram presos

Laboratório tinha até paredes falsas; foram apreendidos 750 kg de drogas, avaliadas em R$ 2 milhões, e armas

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Paredes falsas em um sítio, depósitos subterrâneos, carros com compartimentos secretos e um arsenal para proteger um laboratório e sete depósitos usados na produção de crack em São Paulo.

Essas eram algumas das estratégias usadas por traficantes presos ontem pelo Denarc (departamento de narcóticos) para abastecer "biqueiras" (pontos de tráfico) das zonas norte e leste e também a área central da capital paulista conhecida como cracolândia.

Três desses locais eram casas na zona norte paulistana; quatro, na zona leste. Todas eram usadas como depósito das drogas. O oitavo local era a base da quadrilha de traficantes e funcionava num sítio em Jarinu (71 km de São Paulo).

No sítio, os policiais encontraram as quatro paredes falsas que eram acionadas por um sistema automático e usadas para esconder a droga.

A droga apreendida, segundo estima o Denarc, está avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões.

Pela quantidade de insumos localizados nos oito pontos, os policiais acreditam que os traficantes iam triplicar os 750 kg de drogas.

Também foram apreendidos três fuzis, oito pistolas, duas metralhadoras e três liquidificadores industriais. As armas eram usadas na escolta das drogas no transporte.

A investigação -iniciada no final de 2011- teve ontem a prisão de três suspeitos de trabalhar na produção e distribuição do crack. O Denarc investiga a possível ligação deles com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Para os policiais, a droga apreendida na ação de ontem foi comprada pelos traficantes na Bolívia.

A primeira pista contra a quadrilha surgiu no fim de 2011, quando uma denúncia anônima levou os policiais do Denarc a passar a monitorar um carro (Fox vermelho) que fazia diversas entradas e saídas no sítio de Jarinu.

Ao longo da investigação, os policiais descobriram que outro carro exatamente igual ao denunciado inicialmente também circulava muito no mesmo sítio.

Os dois veículos, que são legalizados e só têm as placas diferentes, foram apreendidos. Ambos tinham fundos falsos para transportar a droga do sítio para as biqueiras.

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