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Colegas e ex-alunos relembram rigor e inovações de Gilberto Velho

Corpo do antropólogo foi velado ontem, no Rio; cremação é hoje

DO RIO

O corpo do antropólogo Gilberto Velho foi velado ontem, no cemi­tério São João Batista, em Botafogo (Rio). Amigos, ex-alunos e parentes se despediram do pesquisador com aplausos.

Decano do departamento de antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Velho, 66, morreu no sábado, quando dormia em seu apartamento em Ipanema, após sofrer um AVC (a­cidente vascular cerebral).

O acadêmico foi lembrado pelo ex-presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Roque La­raia, como um "homem que acreditava no país". "Essa perda diminui o nosso [da antropologia] potencial de contato com a população."

Diferentes gerações de pes­quisadores o descreveram como "dedicado, instigante, respeitoso" e, ao mesmo tempo, "exigente e severo".

CURIOSO

Autora do livro "Garotas de Programa" e aluna do antropólogo até 1991, Maria Dulce Gaspar perfilou o professor como "um curioso, um orientador brilhante, além de um arti­culador de amigos".

O secretário de Ambiente do Estado do Rio, Carlos Minc, lamentou a morte de Velho afirmando que "ele conseguiu incorporar o olhar científico no dia a dia" e que "era um maestro da antropologia urbana que não ficava só na pesquisa".

Atendendo a um desejo de Velho, seu corpo será cremado hoje, às 10h, no Memo­rial do Carmo, na zona norte.

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