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Ônibus é incendiado após morte de jovens

Moradores jogaram pedras e queimaram coletivo em Guaianases após três pessoas serem mortas por policiais

De acordo com a Polícia Militar, criminosos estavam em veículo roubado e morreram ao trocar tiros com os PMs

RAFAEL ITALIANI
DO “AGORA”

Um grupo formado por cerca de 50 manifestantes atirou pedras e ateou fogo em um ônibus, na noite de anteontem, na avenida Nordestina, em Guaianases (zona leste de SP). O veículo ficou completamente destruído.

Segundo moradores, que pediram para não serem identificados, eles protestavam contra a morte de três jovens que foram assassinados durante um suposto tiroteio com policiais militares ocorrido no dia anterior.

O trio, formado por um jovem de 22 anos e dois adolescentes (de 17 e 16 anos), era suspeito de ter roubado um carro no bairro.

De acordo com a polícia, o ônibus se aproximava de um prédio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) quando começou a ser atacado pelos manifestantes. Em seguida, o grupo ateou fogo no veículo. Ninguém ficou ferido durante o ataque e nada foi roubado dos passageiros.

A polícia deteve um manifestante de 22 anos. Ele foi levado para o 50º DP (Itaim Paulista) e liberado.

De acordo com policiais militares que na tarde de ontem preservavam o local onde o ônibus foi atacado, a ordem de depredar o veículo partiu de criminosos da região que ficaram revoltados com a morte dos suspeitos.

Não é a primeira vez que um ônibus é atacado no mesmo endereço. Em outubro do ano passado, dois veículos já tinham sido incendiados. Na época, a polícia afirmou que a ação foi uma represália a uma blitz que encerrou um baile funk na região.

Segundo a polícia, na tarde de quarta-feira o trio roubou um Fiat Uno no mesmo bairro. A PM diz que quatro policiais da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motos) encontraram o veículo com o trio. Após uma perseguição, os suspeitos abandoaram o carro e, segundo a polícia, atiraram contra os PMs, que revidaram.

Três revólveres foram apreendidos. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

Não foi divulgado o nome dos suspeitos nem se eles tinham passagem pela polícia.

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