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Ranking traz Unesp e Unicamp entre as melhores 'jovens'

Lista de instituto que avalia qualidade do ensino superior inclui apenas universidades criadas há menos de 50 anos

Estudo ajuda a identificar as 'futuras Harvards e Oxfords', afirma organizador; sul-coreana lidera

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE SÃO PAULO

Demorou, mas enfim a Unicamp e a Unesp aparecem em um ranking das cem melhores universidades do mundo divulgado pelo THE (Times Higher Education), um dos mais importantes institutos de avaliação do ensino superior no mundo.

Mas é um ranking expurgado, que inclui apenas universidades fundadas há menos de 50 anos.

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com 46 anos, é a 44ª melhor. A Unesp (Universidade Estadual Paulista), com 36, quase fica de fora. É a 99ª.

Phil Batty, responsável pelo estudo, afirma que esse retrato das universidades jovens é importante para identificar as "futuras Harvards ou Oxfords", numa referência às centenárias escolas dos EUA e do Reino Unido, que são exemplos de excelência.

"As universidades tradicionais precisam ficar atentas. Com investimento focado, inovação e visão estratégica, as novas atingiram patamares que as mais antigas levaram anos para alcançar", diz.

No ranking mais conceituado do THE, que utiliza 13 critérios e lista 200 universidades independentemente da data de fundação, a USP (Universidade de São Paulo) é a única brasileira. Em 2011, estava no 178º lugar.

Em outro, que mede a reputação de uma instituição entre pesquisadores, também só aparece a USP, na faixa entre o 61º e o 70º lugar.

COREANOS

O ranking das caçulas usa os mesmos 13 critérios. Entre eles o número de alunos por professor, de docentes e estudantes estrangeiros, investimento em pesquisa e publicação em revistas científicas.

A líder é a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, da Coreia do Sul, criada em 1986 com dinheiro de uma siderúrgica que, à época, era parte estatal. Ela é privada, tem 3.000 alunos, foca em pesquisa e cobra R$ 17 mil de anuidade na graduação.

A Coreia, que investe muito em educação, ocupa ainda o quinto lugar.

Já o Brasil tem motivos para comemorar -é o único país da América Latina no índice- e para se envergonhar: estamos longe do topo.

"É possível ter um otimismo cauteloso de que essas jovens universidades brasileiras irão, com o tempo, subir no ranking", disse Batty.

Segundo ele, a listagem mostra que universidades pequenas, que concentram investimentos em determinadas áreas, se saem melhor.

Para a pró-reitora da Unesp, Maria José Giannini, a inclusão da universidade entre as cem é motivo de orgulho, mas reconhece que é preciso ampliar a pesquisa e torná-la mais internacional.

Outra brasileira de renome, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) ficou fora do ranking porque, segundo o THE, não repassou os dados objetivos usados para análise e classificação.

Na segunda, outra instituição, a britânica QS (Quacquarelli Symonds), divulgou seu ranking das 50 melhores universidades jovens. A Unicamp ficou em 22ª lugar.

Nesse estudo, a reputação da universidade conta mais.

FOLHA.com
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