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'Se for estupro, eu vou pagar', afirma padrasto

DO RIO

Suspeito de sequestrar a enteada, abusar sexualmente da menina dos 11 aos 28 anos e de mantê-la em cárcere privado por 16 anos, Carlos Alberto Gonçalves, 57, alega que tudo o que fez foi com o consentimento da jovem.

"Não trouxe ela a força", afirma Gonçalves, que diz que ela quis ir embora com ele.

Segundo ele, a primeira relação sexual com a menina, então com 11 anos, não aconteceu na primeira noite da viagem, como ela afirma, mas cerca de dois meses depois.

"Nunca foi forçado. Começava com uma brincadeirinha e depois quando via já tava fazendo o serviço", diz.

Ele admite não achar certo ter relações sexuais com uma criança tão nova.

"Se é o que eu fiz, eu vou ter que pagar. Se foi considerado estupro, eu vou pagar. Só não entendo porque ela não denunciou antes. Eu cometi um erro, mas ela demorou muito a corrigir esse erro", acrescentou.

"A hora que ela quisesse, podia sair de casa, como ela fazia ultimamente, ia na academia, levava as crianças na escola, ia trabalhar."

Para o delegado Wellington Vieira, da 71ª Delegacia de Polícia (Itaboraí) a prova do abuso sexual é a certidão de nascimento do filho de Gonçalves com a jovem, quando ela tinha 12 anos.

"Não importa se ele diz que ela consentia a relação, para a Justiça, uma menor de 14 anos não pode decidir se quer ou não ter relações sexuais", diz o delegado.

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