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SP oferece reforço escolar a 6% dos alunos

Percentual é inferior ao do contingente de estudantes que tiveram desempenho insuficiente no Saresp em 2011

Aulas de recuperação são importantes no sistema paulista, que não tem reprovação em todas as suas séries

FÁBIO TAKAHASHI
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

O governo de São Paulo oferece algum tipo de reforço escolar para 286.568 alunos dos ensinos fundamental e médio, o que equivale a 6% da rede.

O reforço é necessário para apoiar o estudante em dificuldade, ajudá-lo a superar a defasagem de conteúdo e deixá-lo em condições de certa igualdade com os demais.

É uma ferramenta importante no sistema educacional paulista, no qual a reprovação no ensino fundamental ocorre apenas na 5ª e na 9ª séries -no ensino médio, ela pode acontecer nos três anos.

O contingente que recebe apoio especial, porém, é inferior ao percentual de alunos que apresentaram alguma deficiência no Saresp, o sistema de avaliação da qualidade da educação pública paulista.

Em 2011, ao menos 410 mil alunos das séries avaliadas pela prova (3ª, 5ª, 7ª e 9ª do ensino fundamental e 3ª do ensino médio) tiveram na disciplina de português um desempenho "abaixo do básico", o mais baixo na escala.

Na 9ª série do ensino fundamental, por exemplo, 28% dos alunos ficaram com a pior avaliação. Para o próprio Estado, o desempenho desses estudantes é "insuficiente".

Para o professor Eduardo Andrade, do Insper, a aferição de desempenho dos estudantes pelo Saresp é um bom parâmetro para tentar identificar a necessidade de reforço escolar na rede.

"Alunos considerados fracos ou defasados precisam de algum tipo de acompanhamento especial", afirmou.

CONTRATURNO

Neste ano, o governo anunciou -e recuou- a extinção do chamado contraturno, no qual o aluno recebe aulas de reforço em período diferente daquele em que estuda. À época, afirmou que o reforço seria dado pelos professores em aulas regulares, prática contestada por especialistas.

Dados da Secretaria da Educação mostram que hoje 2.300 alunos estão tendo aulas de recuperação nessa modalidade de reforço escolar.

A grande maioria dos alunos beneficiados -248 mil- tem o apoio de professores auxiliares em sala regular. São 9.951 docentes em 2.486 escolas (o Estado tem 5.591).

Integram ainda a conta do Estado mais 36.268 alunos em 1.961 classes de recuperação intensiva, em 1.202 escolas.

Esse tipo de reforço prevê classes com até 20 estudantes em quatro etapas do ensino fundamental e envolve estratégias pedagógicas diferenciadas e específicas, de acordo com as dificuldades de aprendizagem detectadas.

Sobre o contraturno, a secretaria afirma que sua implantação depende de a direção da escola apontar a necessidade e assegurar espaço físico adequado e condições de mobilidade dos alunos, entre outros.

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