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Pedestres mostram, em livro, como viver sem carro Obra traz depoimentos e dicas de 12 personalidades VANESSA CORREADE SÃO PAULO O que têm em comum o urbanista Candido Malta, a VJ Jana Rosa e Sergio Kalil, sócio do restaurante Spot? Pessoas com visibilidade pública? Sim. Mas também são pedestres contumazes, que "esnobam" o carro ao se deslocar pela cidade. "Como Viver em São Paulo sem Carro", livro do jornalista Leão Serva e do empresário Alexandre Lafer Frankel que será lançado amanhã, reúne depoimentos e dicas de 12 figuras paulistanas para explicar o que seu título propõe. Os "conselhos" dos veteranos vão desde usar sapatos confortáveis a fazer um planejamento mais detalhado do dia antes de sair de casa. Claro que morar perto do trabalho facilita a vida de quem quer ser pedestre. Esse é um ponto comum da maior parte dos entrevistados. Mas nem só de caminhar vive quem largou (ou nunca teve) o carro. A VJ da MTV Jana Rosa vai de Higienópolis (na região central, onde mora) à emissora, no Sumaré (zona oeste), de táxi. Mas volta a pé sempre que pode. "Não consigo ver [o carro] como necessidade básica." Quando o trajeto é outro e é preciso pegar um ônibus, a estratégia é usar o GPS do smartphone, conta Jana. Sérgio Kalil, sócio dos restaurantes Spot e Ritz, também usa o celular para decidir o trajeto a fazer a pé. "Mostra até quantos minutos. Faço em menos. Tenho um passo rápido." Kalil vendeu o carro há 14 anos. Hoje, vai a pé do Spot (na região da av. Paulista) até ao cabeleireiro, no shopping Iguatemi. São 35 minutos. Morador da Vila Madalena (zona oeste), o jornalista Gilberto Dimenstein, colunista do site da Folha, vai a pé para o trabalho, também no bairro. Mas ele não renega o carro. "Pode usar de vez em quando. Não precisa ser fundamentalista", brinca. "Aí [quando saio de carro] compro de cueca a pasta de dente." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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