Defesa diz que goleiro Bruno escreveu carta para Macarrão

O goleiro Bruno Fernandes de Souza disse ontem a seus advogados que é o autor da carta para seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, na qual pede "perdão" e fala em acionar o "plano B".

No sábado, o advogado Rui Pimenta disse que a carta poderia ter conotação gay.

Não é a primeira vez que ele diz isso. Em março, falou que Macarrão pode ter atração por Bruno e que teria matado Eliza Samudio, ex-amante do jogador, por ciúmes.

No início, ambos negavam o crime, mas em março Bruno disse que Macarrão cometeu o crime sozinho.

Francisco Simim, outro advogado de Bruno, disse que a conotação homossexual da carta não foi abordada na conversa de ontem, mas que a defesa vê uma "analogia", referindo-se à tatuagem que Macarrão fez nas costas -"Bruno e Maka. A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro".

Os advogados deixaram o presídio em Contagem, onde o goleiro está preso há dois anos, negando que o "plano B" fosse um pedido para Macarrão assumir o crime.

Segundo Simim, a intenção era cessar a amizade. "Bruno admitiu que ele escreveu a carta, em novembro. Mas a carta não tem o sentido que a revista deu", disse Simim, referindo-se à reportagem da revista "Veja".

Na carta, Bruno diz ter conversado com seus advogados -que eram outros à época- e que "eles acham que a melhor forma para resolvermos isso é usando o plano B".

A defesa de Macarrão não comentou o assunto.