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Fogo ameaça plantações em terras indígenas

DE SÃO PAULO

Técnicas usadas por índios do Xingu, em Mato Grosso, para controle das chamas estão falhando devido a mudanças no microclima do parque, segundo o Instituto Socioambiental (ISA).

A terra indígena do Xingu é a sétima em focos de queimada -entre 1º de agosto e 25 de setembro foram 403.

Segundo Paulo Junqueira, coordenador-adjunto do programa Xingu do ISA, o fogo é iniciado pelos próprios indígenas. Porém, o desmatamento ao redor da área protegida causa reflexos em seu interior.

"Os sinais da natureza que indicavam a hora de iniciar o fogo não necessariamente indicam, como antes, que vai chover em seguida. O clima ficou maluco, os índios perderam o compasso. O fogo está saindo do controle", afirma o coordenador do programa.

Além disso, a limitação do território pela demarcação obriga que se queimem a cada ano áreas mais próximas, que vão ficando vulneráveis ao espalhamento do fogo.

De acordo com a Funai, outro problema é a passagem de rodovias em reservas, que traz riscos como o dos escapamentos dos caminhões.

Para Gilderlan da Silva, do Conselho Indigenista Missionário, em Bacurizinho (MA), o fogo põe em risco a segurança alimentar nas aldeias.

O controle das chamas nessas terras é feito pelo Prevfogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente. Na prática, segundo Silva, os próprios índios combatem as chamas na maioria das vezes.

(RTJ)

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