|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BC e países discordam sobre nível dos juros
da Redação
O Banco Central Europeu acha
que os juros de 3% ao ano estão,
por hora, de bom tamanho. Mas os
governos social-democratas -alguns eleitos recentemente com a
promessa de reduzir o desemprego na região- pensam que não.
Defensor de uma redução dos juros, o ministro das Finanças alemão, Oskar Lafontaine, afirma que
a medida pode ajudar a manter o
ritmo da economia do continente e
reduzir o desemprego, que atinge
cerca de 11% da população dos países que adotam o euro.
Autoridades do BCE se recusam
a anunciar um novo corte. A instituição, que assumirá a partir de
hoje o controle sobre a política
monetária da zona do euro, reluta
em diminuir juros porque acredita
que a medida pode colocar em risco a estabilidade dos preços.
Na semana de estréia da nova
moeda, novas declarações de representantes da instituição reforçaram essa posição. Hans Tietmeyer, dirigente do banco central alemão, afirma que a integração européia pode até mesmo ser comprometida em virtude do conflito entre o Banco Central Europeu e as 11
nações. A crença de que mais empregos serão criados se houver um
relaxamento da política monetária
é uma "falácia", segundo ele.
O dirigente do BC alemão diz que
o desemprego na Europa se deve a
fatores estruturais. A política monetária não pode assumir responsabilidades de outras áreas, afirma Tietmeyer.
Em dezembro, os 11 bancos centrais anunciaram ao mesmo tempo
um corte em seus juros de curto
prazo -que servem de referência
no mercado financeiro europeu.
Os juros, que em alguns casos
chegavam a 3,75%, passaram a 3%
ao ano no dia 3 de dezembro. A Itália, que reduziu sua taxa na ocasião
para 3,5%, anunciou na semana
passada uma redução para 3%. É a
primeira vez que os 11 países têm a
mesma taxa de juros.
(JAg)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|