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BNP Paribas diz que estuda fazer oferta pelo Société Générale
François Guillot/France Presse
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Funcionário do Société Générale segura cartaz em protesto contra possível venda da instituição |
Aquisição da instituição por banco local é bem-vista pelo governo francês
DA BLOOMBERG
O BNP Paribas, o maior banco francês, disse ontem que estuda apresentar uma proposta
pelo rival Société Générale, instituição que teve um prejuízo
recorde no ano passado, provocada em parte pela fraude de
4,9 bilhões, que teria sido feita
pelo corretor Jérôme Kerviel.
"Nós estamos considerando
essa opção porque todos os
bancos europeus estão pensando nisso", disse em entrevista o
porta-voz do BNP Paribas, que
falou com a condição de não ter
sua identidade revelada.
Em 1999, o BNP chegou a fazer uma oferta pelo concorrente, mas foi recusada. A união
dos dois bancos criaria a segunda maior instituição financeira
da Europa, atrás do HSBC.
O prejuízo bilionário com a
suposta fraude do corretor
obrigou o presidente do conselho administrativo do Société
Générale, Daniel Bouton, a recorrer aos acionistas para realizar uma oferta de ações no valor de 5,5 bilhões- o que pode ter deixado o banco vulnerável a uma aquisição.
Apesar do mau momento, as
ações do banco tiveram alta de
1,71% ontem, devido aos rumores sobre uma oferta de aquisição. O resultado elevou o seu
valor de mercado para aproximadamente 39 bilhões -cerca de dois terços do valor do rival BNP Paribas, cujos papéis
se desvalorizaram em 1,5% ontem na Bolsa de Paris.
A possibilidade de uma fusão
do Société Générale com um
banco local, evitando uma oferta hostil de uma instituição estrangeira, é bem-vista pelo governo francês. O primeiro-ministro François Fillon disse ao
Parlamento do seu país, nesta
semana, que o governo garantirá a permanência do Société
Générale em mãos francesas.
A declaração estimulou especulações de que o governo da
França dará preferência a uma
fusão com o BNP Paribas para
evitar o assédio de empresas
estrangeiras.
Ontem, um porta-voz da Presidência francesa afirmou que
uma possível venda do Société
Générale não está na agenda do
governo. "Até onde sabemos, o
Société Générale não está obrigado a uma fusão."
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