|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Primeira gestão Lula tem carga fiscal recorde
MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL
A carga tributária brasileira
bateu novo recorde no ano passado, de 38,80% do PIB (Produto Interno Bruto). Assim, o primeiro mandato do presidente
Lula termina com carga fiscal
2,96 pontos percentuais acima
da do último ano da gestão Fernando Henrique Cardoso.
O índice foi calculado pelo
IBPT (Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário) com
base no PIB do ano passado divulgado ontem pelo IBGE.
Segundo cálculos do advogado Gilberto Luiz do Amaral,
presidente do IBPT, os brasileiros pagaram R$ 815,07 bilhões
em tributos no ano passado aos
três níveis de governo.
Ele estimou o PIB em R$ 2,1
trilhões -o valor, em reais, só
será divulgado pelo IBGE ao final deste mês, ocasião em que a
Receita Federal divulgará a carga tributária oficial de 2006.
A carga tributária (ou fiscal) é
a soma dos tributos (impostos,
taxas e contribuições), pagos
pela sociedade aos três níveis
de governo, em relação ao PIB.
Em valores nominais (sem
descontar a inflação), a carga
fiscal do ano passado subiu
11,2%, ou R$ 82,2 bilhões -foi
de R$ 732,87 bilhões em 2005.
Descontada a inflação, o aumento real foi de 7,8%, ou R$
60,21 bilhões. A carga fiscal
cresceu R$ 22,69 bilhões mais
do que o PIB. Amaral diz que,
"infelizmente, a carga tributária continua crescendo, sendo
um obstáculo ao desenvolvimento do país".
No ano passado, cada contribuinte brasileiro pagou, em
média, R$ 4.434 em tributos
aos três níveis de governo. Em
relação a 2005, cada um pagou
mais R$ 447, segundo o IBPT.
Por dia, foram pagos R$ 2,233
bilhões; por hora, R$ 93,04 milhões; por minuto; R$ 1,55 milhão; e por segundo, R$ 25.845.
O IBPT calculou como é distribuída a carga fiscal. Os tributos sobre a produção de bens e
serviços (transferidos ao consumidor) equivalem a 49% de
toda a receita; sobre os salários,
27%; sobre capitais/outras rendas, 16%; sobre o patrimônio,
3%; e sobre o comércio exterior/outras contribuições, 5%.
Texto Anterior: 4 anos de Lula / no bolso: Consumo das famílias em alta sustenta a expansão Próximo Texto: 4 anos de Lula / "na lanterna": Expansão fica na metade do ritmo mundial Índice
|