São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007

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PIB americano é revisado para baixo; Bernanke vê mercado "funcionando bem"

DA REDAÇÃO

No dia seguinte à turbulência nas Bolsas mundiais, o presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos), Ben Bernanke, afirmou que o governo está monitorando de perto o mercado financeiro, mas que até o momento ele parece estar "funcionando bem".
O discurso de Bernanke parece ter acalmado o mercado, já que o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,43% ontem, um dia após ter registrado a maior queda desde 17 de setembro de 2001 -primeiro dia de operação do pregão após os atentados em Nova York.
Ele afirmou ao Comitê de Orçamento da Câmara de Deputados dos EUA que aparentemente não houve um único motivo para a crise da terça-feira. "Acho que não seria útil para mim tentar analisar o movimento associando-o a diferentes notícias ou informações."
Vários analistas disseram que um dos motivos para a queda na Bolsa de Nova York foi o discurso do antecessor de Bernanke no Fed, Alan Greenspan, que não descartou uma recessão na economia americana no final deste ano.
Bernanke também afirmou que os fatos de terça-feira não alteraram suas previsões para a economia dos EUA, anunciadas há duas semanas ao Congresso. "Estamos esperando crescimento moderado."
A Casa Branca disse ontem que o presidente Bush se encontrou na terça-feira com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, para discutir a queda nas Bolsas mundiais. Porém o porta-voz Tony Snow disse que não daria detalhes da reunião.

PIB menor
O Departamento do Comércio anunciou ontem que o PIB (Produto Interno Bruto) americano cresceu 2,2%, na taxa anualizada, no último trimestre de 2006, bem menos que a projeção inicial, de 3,5%, e mais próximo da expansão de 2% no terceiro trimestre.
O crescimento anual ficou em 3,3% -0,1 ponto percentual menor do que a primeira estimativa. Nos dois primeiros trimestres do ano passado, a economia dos EUA cresceu 5,6% e 2,6%, respectivamente.
A investida para reduzir os estoques foi a principal causa da redução da expansão de outubro a dezembro. A queda subtraiu 1,35 ponto percentual do PIB, quase o dobro do 0,7 ponto previsto em janeiro.
Relatório divulgado na terça-feira mostrou que as empresas não estão com pressa para aumentar seus estoques. As encomendas por bens duráveis em janeiro caíram 7,8%. Já as vendas de casas novas caíram 16,6% no primeiro mês do ano.


Com agências internacionais

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