DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, afirmou ontem que o governo cumpriu a promessa de não elevar a carga tributária de impostos federais no ano passado.
"As estimativas indicam que o nosso compromisso foi cumprido", disse Palocci, ao ser questionado no final da manhã, durante o lançamento da política industrial, sobre o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado ontem pelo IBGE -menor do que o esperado-, e seu impacto no cálculo da carga tributária (total de impostos dividido pelo PIB). A questão apresentada ao ministro não diferenciou a arrecadação total com ou sem receitas atípicas.
Ele ressaltou que ainda será preciso esperar os dados definitivos do IBGE para o PIB de 2003, que saem em outubro, antes de calcular com precisão o peso dos impostos federais no ano passado.
Palocci reafirmou o compromisso de continuar a não deixar a carga tributária subir. "Queremos continuar cumprindo o compromisso", afirmou Palocci.
Ele ponderou, no entanto, que, dada a situação fiscal do país, não é possível falar em reduções rápidas no total de impostos pagos pela sociedade.
Segundo o ministro, não é apenas o tamanho dos impostos que deve preocupar o governo. "Estamos fazendo grandes investimentos na qualidade dos impostos", disse Palocci. Ele citou o fim da cumulatividade na cobrança da Cofins (Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social), como um dos avanços tributários da gestão do governo do presidente Lula.


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