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Bolsa sobe 7,2%
e tem melhor
mês desde
abril de 2008
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com valorização de 7,18%, a
Bovespa registrou seu melhor
mês desde abril do ano passado.
No primeiro trimestre de 2009,
a Bolsa também foi destaque,
após alcançar alta de 8,99%.
A rentabilidade oferecida pelas aplicações menos arriscadas, que pagam juros, foi bem
mais modesta no período. Os
CDBs, que se destacaram nos
últimos meses de 2008, deram
retorno médio de 0,96% em
março e de 2,80% no ano.
Para os fundos DI, que são os
que acompanham mais de perto a oscilação da taxa básica Selic, que está em processo de redução, os próximos meses devem ser de retornos mais fracos. Em março, esses fundos
pagaram, na média, 0,97%.
A poupança ainda aparece na
lanterna das aplicações, com
retorno de 0,65% no mês e de
1,89% no trimestre. Todavia,
com a queda da taxa Selic (e
descontados IR e taxa de administração), teme-se que a poupança se torne, em breve, mais
atraente que muitos fundos.
A taxa Selic -referência para
os juros praticados no mercado- foi reduzida pelo Banco
Central de 12,75% para 11,25%
em sua reunião do mês passado. Até o fim do ano, o mercado
projeta que a taxa esteja a
9,25%. Se a expectativa se confirmar, a rentabilidade do DI
vai, inevitavelmente, encolher.
"A recuperação da Bolsa em
março deve ser encarada com
cautela. A volatilidade vai seguir no mercado por um bom
tempo ainda. Por isso, não dá
para afirmar que o mercado de
ações não vai voltar a enfrentar
períodos de quedas", diz Newton Rosa, economista-chefe da
Sul América Investimentos.
A recuperação do mercado
de ações não se restringiu ao
Brasil. Em Wall Street, o índice
Dow Jones acumulou valorização de 7,73% em março. O índice S&P subiu 8,5%, em seu melhor mês desde 2002.
Ontem, o índice Ibovespa (a
principal referência da Bolsa)
encerrou as operações com alta
moderada de 0,67%. A queda
das ações da Petrobras no fim
do dia, as quais não resistiram à
depreciação do petróleo, afastou a Bovespa de seu pico no
pregão -o Ibovespa chegou a
subir 2,35% ontem.
A ação ON da Petrobras, que
forma os fundos criados com
recursos do FGTS dos trabalhadores, recuou 1,11% ontem.
No mês, esse papel registrou
apreciação de 8,20%.
A entrada de capital externo
foi decisiva para a recuperação
da Bovespa no mês. Responsáveis por cerca de 35% das operações feitas em pregão, os investidores estrangeiros mais
compraram que venderam
ações durante março. Até o dia
27, o saldo das operações da categoria estava positivo em R$
2,16 bilhões, o melhor mês desde abril de 2008.
O fluxo mais expressivo de
capital externo para o mercado
brasileiro ajudou a fazer o dólar
recuar 2,19% no mês. Cotada a
R$ 2,318 ontem, a moeda tem
depreciação de 0,69% no acumulado do ano.
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