São Paulo, terça-feira, 01 de junho de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Nem o dólar ajuda
Nem mesmo a valorização do dólar dá ritmo às exportações brasileiras de soja. A China é uma das responsáveis. A Secex deverá divulgar hoje redução para as vendas externas acumuladas deste ano para aquele país. Até abril, as vendas para a China haviam caído 16% em relação às de 2003.

Problema para o produtor
No ritmo atual, o país não exportará os 22 milhões de toneladas previstos para este ano, dizem os analistas da consultoria Céleres, de Uberlândia (MG). Se isso ocorrer, os estoques de passagem serão maiores, prejudicando os preços na próxima safra.

Mais uma opção de café
Os cafeicultores paranaenses têm uma nova opção de plantio de café. É o IPR 98, uma variedade do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). De porte baixo e resistente à ferrugem, a nova cultivar rende 75 sacas beneficiadas por hectare no plantio adensado.

Ciclo mediano
Uma das grandes vantagens desse café, no entanto, é o ciclo de maturação mediano, que permite intercalar a colheita desse produto com a de outras variedades. "É a alternativa que buscávamos para alternar a colheita", diz o pesquisador Tumoru Sera, do Iapar.

ATR menor
O preço médio do quilo do ATR (Açúcar Total Recuperado) deste início de safra foi fixado em R$ 0,1951 pela Consecana, com queda de 27,4% em relação ao do início de 2003. Na comparação com os preços médios da safra passada (R$ 0,2030), a queda é de 3,9%. Em relação a abril (R$ 0,1838), o ATR sobe 6,1%.

Ruim, mas vai melhorar
A safra paulista de laranja deverá atingir 350 milhões de caixas, 27% mais do que a anterior. A estimativa é de José Antonio Quaggio, pesquisador do IAC que recebeu ontem o prêmio de engenheiro-agrônomo de destaque de 2004 no setor de citricultura. Maior oferta, preços menores para os produtores.

Ano difícil
Este ano será difícil para o citricultor, disse Quaggio ontem na abertura da 26ª Semana de Citricultura, em Cordeirópolis (SP). Esse cenário, porém, não continuará nos próximos anos porque a citricultura se modernizará e será mais competitiva, afirmou.

Leite em alta
Os estoques reduzidos e a demanda crescente, em um período em que os pastos começam a perder vigor, permitiram novos aumentos nos preços do leite. Dados do Cepea mostram que o tipo C subiu 6,25% em maio em relação ao mês anterior, enquanto o B teve alta de 4,74%.

Abaixo da inflação
Os dados são do Cepea, que mostra que o leite tipo C foi comercializado, em média, a R$ 0,4720 em maio nos seis principais Estados produtores. O tipo B subiu para R$ 0,5074. Apesar da alta, os preços do leite perdem para a inflação (IGP-DI) dos últimos 12 meses, segundo o Cepea.

Manga para o Japão
Uma novela de 23 anos pode chegar ao fim no segundo semestre. O Brasil vai exportar manga para o Japão, segundo Roberto Rodrigues, da Agricultura.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br


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