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Vendas à vista no comércio de SP crescem até 3% em junho
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
A redução de IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) para os setores de carros,
eletrodomésticos e material de
construção, aliada à maior confiança do consumidor na economia, resultou em alta de 2% a
3% nas vendas do comércio
paulista em junho em comparação com maio, segundo levantamento da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
Na comparação com 2008, as
vendas a prazo continuaram
em queda em junho, mas os negócios à vista voltaram a crescer, após registrar queda em
abril e maio, segundo dados que
devem ser divulgados hoje.
"Existe recuperação gradual
do consumo, especialmente no
caso de produtos de menor valor, geralmente pagos à vista. E,
no caso dos bens duráveis, os
incentivos fiscais tiveram efeito de diminuir a queda sobre
2008. Só que o que comanda a
economia é a venda financiada,
não a à vista", afirma Emílio Alfieri, economista da ACSP.
A rede Magazine Luiza informa que, em junho, as vendas
cresceram 8% na comparação
com igual mês do ano passado,
considerando o mesmo número de lojas. Em maio, o crescimento tinha sido de 4% sobre
maio de 2008. O crescimento é
reflexo da redução do IPI e da
queda nos juros, diz a empresa.
Já os lojistas de shoppings
estimam que as vendas em junho tenham subido entre 3% e
4%, em média, ante junho de
2008, levando em conta que
4.000 lojas foram abertas nesse
período por conta da inauguração de 25 shoppings no país.
Considerando o mesmo número de lojas, a previsão é de empate nas vendas, segundo a
Alshop, associação do setor.
Apesar dos dias mais frios
neste ano, a produção de roupas no país continua em queda.
De janeiro a junho, a produção
de artigos de vestuário deve
cair 13% sobre igual período do
ano passado, segundo o Sindivestuário. Pedro Eduardo Fortes, diretor-executivo do sindicato, afirma que os importados,
que representam de 6% a 7% do
consumo de vestuário no país,
podem atrapalhar as vendas de
artigos nacionais. "Mas acreditamos que, a partir deste mês, a
produção volta a ser positiva
sobre julho de 2008."
Nos supermercados, os consumidores brasileiros não diminuíram as compras, segundo
a Abras (Associação Brasileira
de Supermercados). De janeiro
a maio, as vendas subiram 5,3%
em relação a igual período do
ano passado. Em maio, a alta foi
de 4% sobre maio de 2008.
Douglas Uemura, economista da LCA, diz que a recuperação do comércio reflete a recuperação de crédito para a pessoa física, a redução das taxas
de juros e a melhora no mercado de trabalho. "Quando o consumidor sente que o mercado
de trabalho já não está tão
ruim, ele volta a comprar, e isso
reanima a economia", afirma.
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