São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Cargill amplia A Cargill assume hoje a Pitoli & Villela, de Santa Mariana (PR), empresa que movimenta 90 mil toneladas de cereais por ano no norte paranaense. Fundada há dez anos, a Pitoli tem armazéns para recebimento de milho, soja e trigo em Santa Mariana e em Nova Fátima. Novos investimentos A aquisição da Cargill não pára por aí. A multinacional deverá investir US$ 30 milhões no curto prazo na aquisição e construção de novos armazéns para recebimento de grãos no país. A empresa investirá ainda na ampliação de seu parque industrial e no escoamento de produtos. Dedo no gatilho Os importadores de arroz estão à espera da redução da TEC (Tarifa Externa Comum) para 4%. A atenção desses importadores se justifica porque, se aprovada, a medida permitirá a importação do equivalente a 500 mil toneladas de arroz em casca. Esgotada a cota, paga-se 11,5% para o em casca e 13,5% para o beneficiado. Sem acordo O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) diz, no entanto, que o Uruguai já se manifestou contra, e não quer a redução da TEC, assim como não permitiu a elevação para 35% no início do ano. Os países do Mercosul se reúnem na próxima semana, em Montevidéu. Ainda não chegou A alta de preço do arroz nas últimas semanas no Sul -a saca está de R$ 33 a R$ 35- ainda teve pouco reflexo em São Paulo, segundo o analista Romeu Fiod. O mercado paulista está firme, mas abastecido, diz o analista. Safra de milho O Brasil deverá registrar safra recorde de 45,2 milhões de toneladas de milho neste ano, 28,1% mais do que o volume de 2002. A safra de verão fica em 34,3 milhões de toneladas, enquanto a safrinha sobe para 10,9 milhões. Bom em 2004 Os números são de Deives Faria da Silva, da FNP Consultoria & Agroinformativos. Segundo ele, a safra de 2004 também será boa e atingirá 42,5 milhões de toneladas. Utilização de maior tecnologia, rotatividade no plantio de soja e fuga da oleaginosa nas áreas de ferrugem vão garantir esse volume de milho, diz Silva. Tempo quente Os europeus estão pagando caro os efeitos da seca deste verão. Os gastos dos italianos, por exemplo, subiram pelo menos 90 nos últimos meses por conta da seca. Frutas e legumes tiveram altas de até 50% e pressionam a inflação. Lá também Além da quebra de safra, os italianos têm outra preocupação. Aumentaram os roubos de gado e de maquinários no Sul do país. A criminalidade organizada -que começa também a controlar os preços- assusta os agricultores. Novo recorde O IBGE divulgou ontem que a safra nacional de grãos deste ano deverá bater nos 119,7 milhões de toneladas. Se confirmado, esse volume superará em 23% os 97,2 milhões do ano passado. Milho e soja são os destaques, somando 81% da produção total brasileira. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bovespa sobe após seis pregões de baixa Próximo Texto: Receita ortodoxa: BC admite estagnação, mas não vê crise Índice |
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