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Reservas do pré-sal ainda carregam riscos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Somente a partir do final de
outubro, com a perfuração de
três ou quatro novos poços, o
governo terá uma ideia mais
precisa do potencial das reservas da camada do pré-sal, anunciou ontem o presidente da
ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima.
"A ideia de que o risco [e exploração do pré-sal] é zero nunca passou pela nossa cabeça",
comentou Lima. Ele disse que,
para cada dez poços perfurados, a média mundial é encontrar petróleo em apenas um.
"Estamos dentro da normalidade", observou.
Haroldo Lima anunciou que
a agência contratará a Petrobras para perfurar três ou quatro novos poços em áreas da
União próximas às áreas já concedidas à iniciativa privada.
"Hoje não temos uma previsão
quantitativa, só teremos isso
quando fizermos a perfuração
dos poços."
Segundo o presidente da
ANP, a agência já previa que seriam secos os dois poços na camada do pré-sal perfurados por
investidores privados, a Esso e
a operadora inglesa BG.
"Esses poços estavam localizados no limite do pré-sal, já
achávamos que seriam secos",
disse Lima.
Perfurações
As perfurações para pesquisa
ocorrerão nos 25 mil quilômetros quadrados definidos como
o "filé mignon" do pré-sal.
Essa área é chamada de "platô de São Paulo".
O governo contabiliza até
aqui sucesso em 87% das 31
perfurações feitas no pré-sal.
Na Bacia de Santos, a Petrobras
teria encontrado petróleo em
100% das perfurações.
No campo de Tupi, o primeiro a obter licença para testes de
longa duração, a produção diária está aquém da previsão inicial da Petrobras, de 15 mil barris diários, segundo informou a
Folha ontem. Segundo a ANP,
a média diária ficou abaixo de
800 barris por dia em maio e
beirou 14 mil barris em junho.
Nos dois meses, a média foi de
7.300 barris -ou seja, menos
da metade da previsão da Petrobras.
(MARTA SALOMON)
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