São Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para oposição, debate precisa de mais tempo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No Congresso, líderes da oposição reclamaram da urgência constitucional dada aos projetos sobre o pré-sal. DEM, PSDB e PPS argumentam que a sociedade precisa de tempo para discutir o assunto.
Com a urgência constitucional, o Congresso tem 90 dias para debater os projetos, sendo 45 dias na Câmara e outros 45 no Senado. Depois disso, os textos passam a trancar a pauta dos plenários.
"O governo está achando que aqui é um registro de imóveis. A primeira Lei do Petróleo foi discutida em um ano e meio", disse o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).
No Senado, onde a oposição tem mais força, os senadores já falam em usar o regimento da Casa para driblar a urgência. "Apressado come cru", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "Para que a pressa?", afirmou.
Oposicionistas dizem que o caráter eleitoreiro do anúncio ficou claro. "Os resultados [com o pré-sal] só vão aparecer em anos. Por isso está cristalino que o governo tem um açodamento próprio de campanha política", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP).
A mudança do Executivo -que havia prometido aos governadores que as propostas não teriam urgência- também foi criticada. "Virou moda no PT revogar o irrevogável. Essa radicalização pode parar o Congresso", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).


Texto Anterior: Aprovação de projetos deve demorar
Próximo Texto: Serra critica e Cabral faz elogio a proposta
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.