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Para oposição, debate precisa de mais tempo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No Congresso, líderes
da oposição reclamaram
da urgência constitucional
dada aos projetos sobre o
pré-sal. DEM, PSDB e PPS
argumentam que a sociedade precisa de tempo para discutir o assunto.
Com a urgência constitucional, o Congresso tem
90 dias para debater os
projetos, sendo 45 dias na
Câmara e outros 45 no Senado. Depois disso, os textos passam a trancar a
pauta dos plenários.
"O governo está achando que aqui é um registro
de imóveis. A primeira Lei
do Petróleo foi discutida
em um ano e meio", disse o
líder do DEM na Câmara,
Ronaldo Caiado (GO).
No Senado, onde a oposição tem mais força, os senadores já falam em usar o
regimento da Casa para
driblar a urgência. "Apressado come cru", afirmou o
senador Álvaro Dias
(PSDB-PR). "Para que a
pressa?", afirmou.
Oposicionistas dizem
que o caráter eleitoreiro
do anúncio ficou claro. "Os
resultados [com o pré-sal]
só vão aparecer em anos.
Por isso está cristalino que
o governo tem um açodamento próprio de campanha política", disse o líder
do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP).
A mudança do Executivo -que havia prometido
aos governadores que as
propostas não teriam urgência- também foi criticada. "Virou moda no PT
revogar o irrevogável. Essa
radicalização pode parar o
Congresso", disse o presidente do PSDB, senador
Sérgio Guerra (PE).
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