São Paulo, quarta-feira, 01 de outubro de 2008

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Executivos agora viram filantropos

DA REUTERS

A crise financeira tem movimentado as "charities" de Londres, como são conhecidas as entidades filantrópicas no Reino Unido. Mas não se tratam de contigentes empobrecidos buscando ajuda, e sim de executivos desempregados da City em busca de um novo trabalho.
As "charities" britânicas são entidades com alto grau de profissionalização. Por lá, as "caridades" (tradução para "charities") têm uma conotação próxima à ONG. E há "charity" para tudo e para todos. As festas para captação de recursos costumam ser badaladas.
E é justamente para captar dinheiro que os ex-executivos da City estão acorrendo às "charities". A rede de contatos dos neo-desempregados faz deles ótimos captadores de recursos entre as empresas. "As "charities" precisam de gente qualificada, com atitude certa. Esse é um setor profissionalmente promissor", explica Deborah Hockham, diretora de uma agência de recrutamento. Quase quinhentos executivos procuraram a agência nas últimas semanas, um crescimento de 30% em comparação ao mesmo período no ano passado.
Dependendo do tamanho da organização, diretores financeiros podem receber salários entre 48 mil e 90 mil libras esterlinas por ano. "Você não vai ter os mesmos bônus milionários que tinha antes", disse Deborah, "mas será relativamente bem pago e vai trabalhar num ambiente interessante, onde tudo o que fizer terá um objetivo social, não só o de encher os bolsos dos acionistas", disse.


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