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Executivos
agora viram filantropos
DA REUTERS
A crise financeira tem movimentado as "charities" de
Londres, como são conhecidas as entidades filantrópicas no Reino Unido. Mas não
se tratam de contigentes empobrecidos buscando ajuda,
e sim de executivos desempregados da City em busca
de um novo trabalho.
As "charities" britânicas
são entidades com alto grau
de profissionalização. Por lá,
as "caridades" (tradução para "charities") têm uma conotação próxima à ONG. E
há "charity" para tudo e para
todos. As festas para captação de recursos costumam
ser badaladas.
E é justamente para captar
dinheiro que os ex-executivos da City estão acorrendo
às "charities". A rede de contatos dos neo-desempregados faz deles ótimos captadores de recursos entre as
empresas. "As "charities"
precisam de gente qualificada, com atitude certa. Esse é
um setor profissionalmente
promissor", explica Deborah
Hockham, diretora de uma
agência de recrutamento.
Quase quinhentos executivos procuraram a agência
nas últimas semanas, um
crescimento de 30% em
comparação ao mesmo período no ano passado.
Dependendo do tamanho
da organização, diretores financeiros podem receber salários entre 48 mil e 90 mil libras esterlinas por ano. "Você não vai ter os mesmos bônus milionários que tinha
antes", disse Deborah, "mas
será relativamente bem pago
e vai trabalhar num ambiente interessante, onde tudo o
que fizer terá um objetivo social, não só o de encher os
bolsos dos acionistas", disse.
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