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foco
Ahmadinejad quer se aliar ao Brasil para reformar
sistema financeiro global
DO ENVIADO ESPECIAL A DOHA
Depois de usar o pódio da
ONU para fazer mais um discurso inflamado contra o Ocidente e repetir que o fim de
Israel está próximo, o presidente iraniano, Mahmoud
Ahmadinejad, disse que conta com uma aliança com o
Brasil para a promoção de
uma ampla reforma do sistema financeiro mundial.
"Hoje, mais do que nunca, o
terreno está preparado para
uma cooperação entre Irã e
Brasil, a fim de estabelecermos um sistema econômico
mais justo", disse Ahmadinejad à Folha, momentos depois de discursar na Conferência da ONU de Financiamento para o Desenvolvimento, em Doha.
Enquanto aguardavam Ahmadinejad terminar um encontro com o premiê da República Centro-Africana,
membros de sua delegação
comentavam com orgulho as
semelhanças entre o discurso
do líder iraniano e o do presidente Lula contra o sistema
financeiro.
No plenário da ONU, Ahmadinejad acusou várias vezes o "bloco capitalista" pela
crise, sem deixar de lado as
teorias conspiratóras antiamericanas. Entre elas, a de
que o governo americano estendeu a crise ao resto do
mundo para compensar suas
perdas. "Alguns acreditam
que os acontecimentos recentes são uma grande jogada
dos EUA para enfraquecer
seus rivais e atrair suas riquezas para a economia americana", disse Ahmadinejad, que
acusou os EUA de "confiscar
mais de US$ 300 bilhões" em
reservas de países árabes depositadas no país.
Para finalizar, como de hábito, pregou o fim de Israel.
"O regime sionista chegou ao
fim da linha." Os representantes de Israel e dos EUA,
que haviam se retirado do salão pouco antes de Ahmadinejad subir ao pódio, não presenciaram os aplausos recebidos pelo líder iraniano.
(MN)
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