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EUROPA
Sistemas são adaptados à nova moeda
Executivos fazem serão para o euro
ISABEL CLEMENTE
de Londres
Geralmente poupados de trabalho nos feriados de fim-de-ano, os
profissionais do setor financeiro
europeu estão tendo um final de
semana tumultuado, com os últimos acertos para o lançamento
efetivo da nova moeda, o euro.
Estima-se que os bancos europeus estejam investindo algo em
torno de US$ 10 bilhões para a conversão de 11 moedas em uma única.
Em Londres, por enquanto o
principal centro financeiro europeu, estima-se que cerca de 30 mil
pessoas foram deslocadas para a
chamada "City", área da capital
onde estão concentrados mais de
550 bancos estrangeiros e que parece uma cidade-fantasma nos finais de semana.
A partir de segunda-feira, o euro
estará valendo para toda transação
comercial que não utilize moedas
em espécie. Sua estréia será nos
centros financeiros asiáticos, devido ao fuso horário.
Cotada a US$ 1,166, a nova moeda une 11 países, entre eles a Alemanha, a França e a Itália, mas
nasce entre discórdia.
O primeiro contratempo foi uma
declaração do holandês Wim Duisenberg, presidente do Banco Central Europeu, nesta semana.
Ele disse que não abriria mão do
seu mandato de oito anos no posto
para Jean-Claude Trichet, atual
presidente do banco central francês, assumir em 2002.
Outra disputa, mais comercial e
menos política, opõem Frankfurt,
na Alemanha, e Londres.
Frankfurt, sede do Banco Central
Europeu, quer atrair cada vez mais
negócios na nova moeda, alçando-se ao posto de principal centro financeiro europeu.
˛
Disputa
Para não perder o título, Londres
anunciou que, mesmo fora da "euroland" (área do euro), continua
sendo o melhor palco para negócios internacionais.
O próprio governo britânico se
encarregou de orientar as instituições financeiras do país para que
todas estejam preparadas para oferecer, a partir de segunda-feira, a
maior gama possível de serviços na
moeda única dos 11 vizinhos do
continente.
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