São Paulo, sábado, 2 de janeiro de 1999

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LETRA CAPITAL
Livro mostra o Brasil visto de fora

MAURO TEIXEIRA
editor-assistente de Dinheiro


"É muito importante ter uma posição forte no mercado brasileiro. Você precisa existir nele. A competição está lá." As frases de Michel François-Poncet, principal executivo do francês Banque Paribas dão o tom da maior parte das entrevistas que integram o livro "Chairman - O Novo Brasil e as Multinacionais", do jornalista Getulio Bittencourt.
Correspondente da "Gazeta Mercantil" em Nova York desde 1988, Bittencourt reúne no livro conversas com 31 dos principais executivos de grandes bancos e de empresas multinacionais dos EUA, Canadá, França, Japão, Suíça, Holanda e Inglaterra.
O maior mérito do livro está justamente em permitir focar o Brasil a partir das idéias e percepções de alguns dos mais importantes homens de negócios do mundo.
Realizadas entre maio de 1994 e abril de 1998, as entrevistas possibilitam ao leitor entender melhor não só a sinuosa trajetória da economia brasileira desde então, como, e principalmente, a forma como os investidores estrangeiros a acompanham.
O inglês Deryck Maughan, do banco Salomon Brothers, por exemplo, fazia em maio de 1997 uma previsão que se mostrou excessivamente otimista em relação ao que ocorreu com a economia mundial nos meses seguintes.
Ao listar os cinco países emergentes que considerava mais promissores (Brasil, Indonésia, Índia, Rússia e China), Maughan acrescentou: "Minha teoria é que devemos apoiar os cinco. Um deles não vai funcionar, outro terá crescimento moderado, e três terão bom desempenho." Com exceção da China, os outros países enfrentaram graves crises a partir de 97.

A OBRA
Chairman - O Novo Brasil e as Multinacionais - Getulio Bittencourt. Editora Record (rua Argentina, 171, Rio, CEP 20921-380, telefone 021/ 585-2047 e 585-2000, ramal 2470. 336 págs. R$ 25,00.


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