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LETRA CAPITAL
Livro mostra o Brasil visto de fora
MAURO TEIXEIRA
editor-assistente de Dinheiro
"É muito importante ter
uma posição
forte no mercado brasileiro.
Você precisa
existir nele. A
competição está
lá." As frases de Michel François-Poncet, principal executivo do
francês Banque Paribas dão o tom
da maior parte das entrevistas que
integram o livro "Chairman - O
Novo Brasil e as Multinacionais",
do jornalista Getulio Bittencourt.
Correspondente da "Gazeta
Mercantil" em Nova York desde
1988, Bittencourt reúne no livro
conversas com 31 dos principais
executivos de grandes bancos e de
empresas multinacionais dos
EUA, Canadá, França, Japão, Suíça, Holanda e Inglaterra.
O maior mérito do livro está justamente em permitir focar o Brasil
a partir das idéias e percepções de
alguns dos mais importantes homens de negócios do mundo.
Realizadas entre maio de 1994 e
abril de 1998, as entrevistas possibilitam ao leitor entender melhor
não só a sinuosa trajetória da economia brasileira desde então, como, e principalmente, a forma como os investidores estrangeiros a
acompanham.
O inglês Deryck Maughan, do
banco Salomon Brothers, por
exemplo, fazia em maio de 1997
uma previsão que se mostrou excessivamente otimista em relação
ao que ocorreu com a economia
mundial nos meses seguintes.
Ao listar os cinco países emergentes que considerava mais promissores (Brasil, Indonésia, Índia,
Rússia e China), Maughan acrescentou: "Minha teoria é que devemos apoiar os cinco. Um deles não
vai funcionar, outro terá crescimento moderado, e três terão bom
desempenho." Com exceção da
China, os outros países enfrentaram graves crises a partir de 97.
A OBRA
Chairman - O Novo Brasil e
as Multinacionais - Getulio
Bittencourt. Editora Record (rua Argentina, 171, Rio, CEP 20921-380,
telefone 021/ 585-2047 e 585-2000,
ramal 2470. 336 págs. R$ 25,00.
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