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Grandes empregadores reclamam da mudança
DA REPORTAGEM LOCAL
James Meaney, presidente da
empresa de call center Contax,
que emprega 29 mil pessoas, afirma que o impacto da nova Cofins
sobre seu negócio será "catastrófico". Walter Lasemina, presidente do sindicato dos incorporadores de imóveis, prevê redução de
investimentos no seu setor decorrente do aumento estimado da
carga tributária de 42% para 46%.
Em geral, as empresas que mais
empregam serão as mais afetados
pela nova Cofins. A construção é
um dos maiores empregadores
individuais do país, com cerca de
1,2 milhão de empregos diretos. A
avaliação do setor é que a nova
contribuição afetará da incorporação -primeiro passo para a
construção- à venda do imóvel.
As empresas de telemarketing
empregam aproximadamente
500 mil pessoas, segundo Marcelo
Rocha, diretor-executivo da ABT
(Associação Brasileira de Telemarketing), entidade que tem
cerca de 400 associados.
Segundo Rocha, o ritmo de
crescimento do setor, que foi de
10% ao ano até 2003, deve cair à
metade em conseqüência da nova
Cofins. Isso significa que a previsão de criar 50 mil empregos em
2004 caiu para 25 mil.
A Contex é um bom exemplo do
que pode ocorrer no setor. Os salários de seus 29 mil empregados
representam cerca de 85% de seu
custo. No ano passado, a empresa
faturou R$ 400 milhões e pagou
R$ 12 milhões de Cofins (com a
alíquota de 3%). Se repetir o mesmo faturamento em 2004, pagará
quase R$ 30 milhões de Cofins,
com a nova alíquota de 7,6%.
"Nosso preço vai ter de aumentar porque não temos como absorver essa elevação de custos",
afirma Meaney.
(CT)
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