São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2007

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Tensão não afeta economia global, diz FMI

Entidade mantém a previsão de que o mundo deverá crescer 4,9% neste ano, apesar da queda nas Bolsas de Valores

Para Rato, turbulência nos mercados tem mais relação com a visão das pessoas sobre riscos do que com fundamentos econômicos


DA REDAÇÃO

O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou ontem que a queda nas Bolsas de Valores mundiais nos últimos dias não alterou a sua previsão para o crescimento mundial neste ano, de 4,9%.
"De acordo com a informação que temos até agora, vemos isso mais como uma correção do que uma mudança fundamental na direção do mercado", disse o porta-voz da entidade, Masood Ahmed. Ele afirmou que o FMI não vê "nenhuma razão" para alterar a estimativa de expansão mundial.
Ahmed também falou que os países desenvolvidos e também os mercados emergentes terão um crescimento "sólido" em 2007, porém inferior ao registrado no ano passado. Em documento do segundo semestre de 2006, o organismo com sede em Washington estimava alta de 5,1% no PIB mundial do ano passado. Para o Brasil, o Fundo projeta crescimento de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
Para o diretor-gerente FMI, o espanhol Rodrigo de Rato, a queda nos mercados acionários mundiais nesta semana tem mais relação com a visão das pessoas sobre riscos do que com fundamentos econômicos, e o mundo ainda segue em "cenário muito benigno".
"O crescimento do mundo é claro neste ano e a uma taxa saudável de aproximadamente 5%", afirmou Rato a jornalistas no intervalo de uma conferência na quinta-feira. "Acreditamos que o crescimento neste momento é sustentado."
"A correção que vimos nos últimos dois dias não teve muita relação com fundamentos, mas com avaliações de risco, e mostrou, mais uma vez, que vivemos em um cenário muito benigno", acrescentou.


Com agências internacionais

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