São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

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Ametista atrai crianças em busca de renda

DA AGÊNCIA FOLHA, EM AMETISTA DO SUL (RS)

Em um precipício de 40 metros, Carine Favretto, 12, passa as tardes se equilibrando para coletar restos de ametista deixados pelos garimpeiros de Ametista do Sul. Ela cursa a sexta série pela manhã. À tarde, quebra com uma marreta blocos de rocha de cinco quilos que ela traz do despenhadeiro: ali há pequenas quantidades da pedra semipreciosa.
Em dias bons, consegue achar R$ 5 em pedras. No momento em que conversou com a Folha, ela tinha acabado de sofrer um corte no tornozelo. No local onde trabalha, pequenos tratores despejam a rocha retirada na construção das galerias. Carine diz que corre quando escuta as máquinas.
O pai dela também trabalha nas minas. "Eles [seus familiares] acham bom eu trabalhar porque aí eu ajudo." Ela diz que outras crianças da área rural procuram restos para ajudar em casa.
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul diz que há denúncias de trabalho infantil nas minas, mas o combate é difícil porque as crianças voltam à atividade. (FB)


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