São Paulo, domingo, 02 de abril de 2006

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Reunião sobre Doha termina sem avanço

DA SUCURSAL DO RIO

As reuniões do Rio para tentar avançar na Rodada Doha da OMC, sobre reduções de tarifas e subsídios, chegaram ao seu fim ontem ainda longe de um acordo e sem avanços, após "discussão franca e engajada". Paradoxalmente, os interlocutores se disseram otimistas com um desfecho positivo até dia 30, data-limite.
"Está muito longe [de acordo], mas nada foi excluído. Não houve nenhuma mudança em nada. É pouco interessante, mas é isso", resumiu o anfitrião, o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Amorim, o comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, e o representante comercial dos EUA, Robert Portman, repetiram discurso comum de que os encontros não poderiam mesmo resolver nada, porque não contaram com a presença de outros países.
"Não chegamos a um acordo, mas também não é uma tela de pintura em branco", minimizou Mandelson.
O ministro evitou dizer se considera que, depois das discussões, resistências de parte a parte diminuíram. "É assunto muito complexo para simplificar assim."
É visível, porém, a preocupação de todos com o prazo de 30 de abril, quando os membros da OMC vão apresentar suas propostas definitivas de reduções de tarifas e subsídios nas áreas industrial, agrícola e de serviços.
Portman declarou que os EUA têm enorme interesse na resolução das divergências comerciais, também por considerar que a redução de barreiras pode tirar da pobreza milhões de pessoas dos países em desenvolvimento.


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