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Reunião sobre Doha termina
sem avanço
DA SUCURSAL DO RIO
As reuniões do Rio para tentar
avançar na Rodada Doha da
OMC, sobre reduções de tarifas e
subsídios, chegaram ao seu fim
ontem ainda longe de um acordo
e sem avanços, após "discussão
franca e engajada". Paradoxalmente, os interlocutores se disseram otimistas com um desfecho
positivo até dia 30, data-limite.
"Está muito longe [de acordo],
mas nada foi excluído. Não houve
nenhuma mudança em nada. É
pouco interessante, mas é isso",
resumiu o anfitrião, o chanceler
brasileiro, Celso Amorim.
Amorim, o comissário de Comércio da União Européia, Peter
Mandelson, e o representante comercial dos EUA, Robert Portman, repetiram discurso comum
de que os encontros não poderiam mesmo resolver nada, porque não contaram com a presença de outros países.
"Não chegamos a um acordo,
mas também não é uma tela de
pintura em branco", minimizou
Mandelson.
O ministro evitou dizer se considera que, depois das discussões,
resistências de parte a parte diminuíram. "É assunto muito complexo para simplificar assim."
É visível, porém, a preocupação
de todos com o prazo de 30 de
abril, quando os membros da
OMC vão apresentar suas propostas definitivas de reduções de
tarifas e subsídios nas áreas industrial, agrícola e de serviços.
Portman declarou que os EUA
têm enorme interesse na resolução das divergências comerciais,
também por considerar que a redução de barreiras pode tirar da
pobreza milhões de pessoas dos
países em desenvolvimento.
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