São Paulo, terça-feira, 02 de maio de 2006

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Nacionalização não é novidade no continente

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de ontem, a Bolívia havia nacionalizado seus hidrocarbonetos em 1937 e 1969, durante regimes militares.
A primeira nacionalização levou o país a enfrentar o Paraguai num conflito que acabou conhecido como "Guerra do Petróleo". À época a companhia norte-americana Standart Oil perdeu a concessão. A segunda nacionalização atingiu outra companhia dos Estados Unidos, a Gulf Company.
Agora, a medida afeta 20 empresas multinacionais: Petrobras, Repsol, British Gas e British Petroleum e Total, entre outras companhias.
Situações parecidas também ocorreram no Brasil. Em 1958, o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, nacionalizou a Bond & Share e a ITT. Antes disso, em 11 de abril de 1938, o presidente Getúlio Vargas havia deixado só com o país as reservas de petróleo do subsolo nacional. Dezoito dias depois, fez o mesmo com as refinarias.
Também em 1938, o México adotou a lei de Expropriación Petrolera, transferindo os poços de petróleo que pertenciam a companhias norte-americanas, criando a Pemex (Petróleos Mexicanos).
Na Argentina, Juan Domingo Perón, na década de 40, submeteu o país a uma onda de nacionalização. Constaram da lista estradas de ferro, telefônicas, companhias de gás e de energia elétrica, pesca, transporte aéreo, aço e o setor de seguros.
O caso peruano ocorreu na década de 60, quando Velasco Alvarado deu um golpe de Estado e, na primeira semana de governo, nacionalizou a IPC (International Petroleum Company), principal exploradora de óleo no país.
No Chile, a nacionalização ocorreu em 1971 com Salvador Allende. Empresas que exploravam cobre e os bancos privados foram expropriados.


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