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SAIBA MAIS
Nacionalização não é novidade no continente
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes de ontem, a Bolívia havia nacionalizado seus hidrocarbonetos em 1937 e 1969, durante regimes militares.
A primeira nacionalização levou o país a enfrentar o Paraguai num conflito que acabou
conhecido como "Guerra do
Petróleo". À época a companhia norte-americana Standart
Oil perdeu a concessão. A segunda nacionalização atingiu
outra companhia dos Estados
Unidos, a Gulf Company.
Agora, a medida afeta 20 empresas multinacionais: Petrobras, Repsol, British Gas e British Petroleum e Total, entre
outras companhias.
Situações parecidas também
ocorreram no Brasil. Em 1958,
o então governador do Rio
Grande do Sul, Leonel Brizola,
nacionalizou a Bond & Share e
a ITT. Antes disso, em 11 de
abril de 1938, o presidente Getúlio Vargas havia deixado só
com o país as reservas de petróleo do subsolo nacional. Dezoito dias depois, fez o mesmo
com as refinarias.
Também em 1938, o México
adotou a lei de Expropriación
Petrolera, transferindo os poços de petróleo que pertenciam
a companhias norte-americanas, criando a Pemex (Petróleos Mexicanos).
Na Argentina, Juan Domingo
Perón, na década de 40, submeteu o país a uma onda de nacionalização. Constaram da lista
estradas de ferro, telefônicas,
companhias de gás e de energia
elétrica, pesca, transporte aéreo, aço e o setor de seguros.
O caso peruano ocorreu na
década de 60, quando Velasco
Alvarado deu um golpe de Estado e, na primeira semana de
governo, nacionalizou a IPC
(International Petroleum
Company), principal exploradora de óleo no país.
No Chile, a nacionalização
ocorreu em 1971 com Salvador
Allende. Empresas que exploravam cobre e os bancos privados foram expropriados.
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