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Lula anuncia mudanças em leis trabalhistas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Aproveitando o Dia do
Trabalho, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva prometeu ontem enviar ao Congresso Nacional propostas
de mudanças nas leis sindicais e trabalhistas. Com isso,
o presidente pretende compensar a demora na aprovação das reformas nessas
duas áreas, anunciadas como prioridade no início de
seu governo.
No seu programa de rádio
"Café com o presidente",
Lula disse que mandará ao
Congresso nesta semana um
projeto de lei para regulamentar o direito de greve e
implantar as negociações
coletivas para servidores públicos, seguindo orientação
da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
"O governo está preparando algumas medidas, atendendo a uma reivindicação
do movimento sindical, que
chegará ao consenso sobre
algumas coisas importantes", disse Lula.
O presidente também prometeu para esta semana a
criação do chamado Conselho Nacional de Relações do
Trabalho, colegiado que será
composto por representantes do governo, empresários
e trabalhadores e terá como
função debater questões relacionadas às áreas sindical e
trabalhista. "A idéia é criar
um canal permanente de negociação, de diálogo", afirmou o presidente.
Outro projeto de lei prometido por Lula para esta semana é o da regulamentação
das centrais sindicais, como
a CUT, a CGT e a Força Sindical. Apesar de existirem há
anos, não existe uma legislação específica que fale sobre
seu funcionamento.
O reconhecimento formal
da existência das centrais era
um dos pontos da reforma
sindical, que chegou a ser
enviada ao Congresso, mas
não foi votada até agora. A
reforma trabalhista não chegou a ser encaminhada.
Lula também disse que
pretende colocar em audiência pública nesta semana um
projeto de lei que regulamente o funcionamento das
cooperativas de trabalho.
Além de anunciar essas
medidas, Lula também
aproveitou o Dia do Trabalho para falar sobre assuntos
como o aumento do salário
mínimo e do crescimento da
renda dos trabalhadores.
"Eu acho que nós temos
muito que comemorar neste
1º de Maio", disse.
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