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Venda de carros nos EUA dá maior freada em 30 anos
Em concordata, Chrysler anuncia o pior resultado entre as montadoras que atuam no país
Com vendas 32% menores em abril, Ford ultrapassa Toyota no mercado dos EUA; já a Fiat volta a manifestar interesse pela Opel, da GM
DA REDAÇÃO
As vendas de veículos nos Estados Unidos em abril foram as
piores em quase 30 anos, segundo dados preliminares divulgados ontem, contrariando
as expectativas de que a indústria automotiva começaria a
dar sinais de recuperação.
A estimativa é que o mercado
tenha encolhido entre 35% e
40% em relação a 2008.
Após entrar em concordata,
anteontem, a Chrysler divulgou que suas vendas caíram
48% no mês passado -foi o
pior desempenho entre as
montadoras que atuam nos
EUA.
Com uma queda de 42%, a japonesa Toyota foi ultrapassada
pela Ford, cujas vendas declinaram 32% no mês. A Ford, que
anunciou prejuízo inferior ao
esperado, de US$ 1,43 bilhão no
primeiro trimestre, é a única
das chamadas Três Grandes de
Detroit (GM, Ford e Chrysler) a
operar sem empréstimos de
emergência do governo.
Já a GM vendeu 34% menos,
enquanto a Honda registrou
um decréscimo de 25%.
"Continuamos a operar em
um ambiente econômico extremamente desafiador", disse
Ken Czubay, vice-presidente
de marketing da Ford.
O mercado de automóveis
nos EUA responde por cerca de
um quinto do movimento do
varejo do país em volume, e é
um dos principais indicadores
de demanda no país.
Em termos anuais, a tendência de vendas de veículos comerciais leves para abril indicaria um total anual entre 9 milhões e 10 milhões de unidades
comercializadas para 2009.
Opel
Após selar a aliança com a
Chrysler, a Fiat quer agora fechar um acordo com a Opel
-braço da General Motors na
Europa-, que seria seu "parceiro ideal", afirmou ontem o
presidente da Fiat, Sergio Marchionne. Para analistas, seria
um bom negócio para a Opel,
mas um grande risco para a
montadora italiana.
Com a Reuters
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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