São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999

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Corte no Orçamento é menor

de Buenos Aires

A Argentina anunciou um corte de US$ 705,2 milhões no orçamento deste ano. A redução de gastos ficou US$ 294,8 milhões abaixo do prometido pelo Ministério da Economia: US$ 1 bilhão. O governo, porém, garantiu que o efeito será equivalente a US$ 1 bilhão.
O ajuste faz parte do acordo com o FMI, que estabeleceu uma redução entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão nos gastos deste ano, para compensar uma queda de arrecadação provocada pela recessão.
Foi beneficiado pelo programa o Ministério do Trabalho, que teve uma verba extra de US$ 243,5 milhões. O objetivo é tentar diminuir o desemprego, que pode bater 15% em 99. Os pagamentos do serviço de dívida pública também aumentaram em US$ 535 milhões.
A Presidência e os ministérios da Economia e da Educação foram os que sofreram os maiores cortes. A redução do Orçamento para Educação, de US$ 280 milhões, foi considerada a mais polêmica. O Ministério da Economia sofreu o maior corte: US$ 399,5 milhões.
O Ministério do Interior foi um dos que tiveram a menor redução, de US$ 32,9 milhões. Originalmente era previsto um corte maior, mas protestos do ministro Carlos Corach, baseados no aumento da criminalidade na Argentina, fez com que o governo voltasse atrás.
A decisão de preservar os ministérios do Trabalho e do Interior faz parte da estratégia exigida por Menem aos seus colaboradores: preservar as áreas mais sensíveis do governo em ano de eleições.



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