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Acordo tenta
evitar cortes
de Paris
A SNCF (Société National
des Chemins de Fer, empresa de transporte ferroviário) tem cerca de 173 mil
funcionários. Tinha planos
de reduzi-los em 4.500, sem
demitir ninguém -apenas
fechando vagas de aposentados.
Nas negociações sobre as
35 horas, decidiu mudar a
política: propôs aos trabalhadores da companhia ampliar o quadro em 4.000 a
5.500 funcionários.
Em contrapartida, os trabalhadores aceitariam uma
flexibilização da jornada de
trabalho, com um banco de
horas anual.
Cada empregado poderia
ter seu tempo de serviço
diário ampliado em 16 minutos, em períodos do ano
de maior intensidade de
trabalho. Seriam ampliadas
também as jornadas de fim-de-semana e noturna.
"É uma ruptura em relação ao passado, porque a
SNCF já reduziu em muito
seu pessoal", afirmou à Folha Eric Thouzeau, membro da direção CFDT ferroviária. "Mas os condutores
consideram que ela é insuficiente", explicou ele.
A proposta provocou
uma reação dos maquinistas, que iniciaram uma greve na terça-feira passada,
mas com encerramento
previsto para amanhã.
Para os funcionários, a
empresa está promovendo
uma deterioração das condições de trabalho.
(HCS)
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