São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999

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YSL adota 34 horas por semana

de Paris

Para os consumidores, Yves Saint Laurent é sinônimo de alta costura e perfume. Mas, para os trabalhadores de uma de suas unidades, daqui a um mês, o nome significará 34 horas e 12 minutos de trabalho por semana, um período ainda menor que o previsto pela Lei Aubry.
A empresa fechou, em abril, um acordo, baseado na lei das 35 horas, com 675 trabalhadores da fábrica de Lassigny.
Além da redução da jornada, a empresa se comprometeu a criar 75 novos postos de trabalho.
No entanto, o termo firmado entre a YSL e seus funcionários permitirá à empresa a adoção de um ritmo de produção mais flexível na filial, que tem uma atividade marcada pela sazonalidade, segundo seu diretor, Dominique Vautier.
Também vai permitir à empresa utilizar mão-de-obra feminina (72% do quadro) no período noturno, o que ainda é restringido pela lei francesa -e criticado por parceiros da União Européia.
Para a direção da empresa, o resultado do acordo é bom para os dois lados. Permite à YSL organizar a produção e amplia o tempo de lazer de seus funcionários.
Além disso, o acordo, que não reduziu os salários, congela os ganhos dos trabalhadores por um ano. Como também está criando empregos, a YSL passa a preencher as condições para contar com apoio financeiro do Estado.
Esse modelo, que prevê redução de jornada sem diminuir salário, com a contrapartida da redução nos aumentos salariais futuros, tem sido adotado na maioria dos acordos até aqui assinados, segundo a CFDT. (HCS)



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