DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A entrada de dólares no Brasil em julho foi a segunda maior já registrada pelo Banco Central, perdendo apenas para a verificada em junho. No mês passado, o ingresso foi de US$ 11,6 bilhões, 365% a mais do que o montante relacionado a julho de 2006.
Nos primeiros sete meses deste ano, o fluxo de capital externo para o Brasil já soma US$ 63,2 bilhões, aumento de 147% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Esses resultados têm sido garantidos não apenas pelo desempenho positivo da balança comercial mas por uma melhora na situação das chamadas operações financeiras, que incluem, de um lado, a entrada de empréstimos e investimentos estrangeiros, e, de outro, itens como pagamentos de juros e remessas de dividendos.
No ano passado, a conta de operações financeiras ficou negativa em US$ 20,3 bilhões -ou seja, as remessas superaram as entradas. Entre janeiro e julho deste ano, o fluxo ficou positivo em US$ 11,8 bilhões.
Graças ao forte ingresso de recursos em moeda estrangeira, o BC pôde intensificar suas compras de dólares no mercado de câmbio. As aquisições feitas neste ano até julho somaram cerca de US$ 63,5 bilhões, segundo dados preliminares. O valor já supera os US$ 34,3 bilhões comprados ao longo de todo o ano passado.
No mês passado, porém, o Banco Central atuou de forma um pouco menos agressiva no câmbio e comprou aproximadamente US$ 6,5 bilhões para reforçar suas reservas em moeda estrangeira -em maio, essas aquisições somaram US$ 14,6 bilhões.
O aumento ocorreu porque os bancos também passaram a atuar de forma diferente no mercado, comprando mais dólares, em vez de vendê-los.


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